Especialista comenta sobre o surto de esporotricose no ES

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Veja como os animais se contaminam e como é realizado o tratamento da doença
Especialista alerta os cuidados necessários com os animais. Foto: Arquivo Pessoal

Veja como os animais se contaminam e como é realizado o tratamento da doença

Por Kebim Tamanini

Os casos de esporotricose estão crescendo em níveis preocupantes no Espírito Santo e em todo o país. A doença é de origem fúngica, uma micose que afeta principalmente a pele e pode acometer diversos animais, incluindo gatos e cães, representando também uma preocupação para seres humanos. Além dos capixabas, estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro também vêm sofrendo com esse surto.

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Segundo o médico veterinário Guilherme Nunes, o fungo ambiental responsável pela esporotricose é encontrado em materiais como madeira, folhas, galhos e árvores, sendo mais comum em gatos devido ao comportamento andarilho desses animais. “A contaminação geralmente ocorre por meio de arranhaduras ou mordeduras de animais que já estão contaminados. Quando um animal fere a pele de outro animal ou ser humano, a transmissão pode ocorrer”, esclarece o especialista.

Embora a esporotricose resulte em lesões na pele, não costuma ser fatal para seres humanos. Os sintomas incluem o aparecimento de manchas vermelhas, ulcerações, lesões profundas e coceira. As feridas podem ser circulares e causar a queda de pelos na área afetada. Portanto, o médico veterinário alerta que, se houver suspeita de contato com animais contaminados, é essencial procurar um médico.

Veja como os animais se contaminam e como é realizado o tratamento da doença
Ferimentos podem ser profundos nos animais. Foto: Reprodução

“Nos animais, as lesões são geralmente mais profundas e evidentes, apresentando sangramento e feridas abertas. Elas podem se tornar extensas e afetar várias regiões do corpo. Os locais mais comuns em animais contaminados são o rosto e as patas”, adverte Guilherme Nunes.

A esporotricose tem cura tanto para animais quanto para seres humanos. No entanto, o tratamento é longo e pode levar de quatro meses a um ano. A conscientização sobre esse fungo é essencial, visto que a incidência dessa doença tem aumentado em várias regiões do país.