O café solúvel no Espírito Santo ganhou espaço nas divisas das exportações capixabas, saindo de 8,4% em 2019 para 15,8% em 2022
Por Amanda Amaral
As exportações de café solúvel no Espírito Santo obtiveram 122% em crescimento de divisas em 2022, acima da média nacional (29%). A soma do que foi exportado no período totalizou US$ 108 milhões, o maior valor registrado na série histórica. Isso coloca o Estado entre os três maiores exportadores do produto no Brasil.
De todo o volume de café solúvel exportado pelo Brasil em 2022, o Espírito Santo foi responsável por 19,4%, além disso, o Estado obteve 17% das divisas nacionais. No ano anterior, a sua participação no volume e nas divisas geradas eram de 11,4% e 9,9%, respectivamente.
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Com relação às divisas das exportações capixabas, nos últimos quatro anos, o café solúvel ganhou espaço na proporção no complexo do café, saindo do patamar de 8,4% em 2019 para 15,8% em 2022.
O produto de origem capixaba é comercializado diretamente em 42 países. A Indonésia e os Estados Unidos são os principais importadores, que consumem 38,68% e 24,22%, respectivamente. Os derivados de café do Espírito Santo são consumidos em mais de 100 países.

Principais exportadores
Segundo secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, o Estado é o terceiro maior exportador de café solúvel do Brasil, com viés de alta.
“Em 2022, Paraná e São Paulo, sendo os principais exportadores, tiveram quedas no volume exportado de -19,3% e -3,4%, respectivamente, enquanto o Espírito Santo aumentou significativamente a quantidade exportada em 63,4%”, pontua Bergoli.
De todo o volume de café exportado pelo Estado em 2022, quase 10% foi solúvel. No cenário nacional foi diferente. A proporção de café solúvel vem diminuindo nos últimos quatro anos, saindo 10,4% em 2019 para 6,9% em 2022. Esse fato consolida o Espírito Santo como uma das principais frentes na produção e exportação de café solúvel do Brasil. “O crescimento das exportações de café solúvel do Espírito Santo é reflexo de investimentos de novas plantas industriais, como a empresa Cacique, por exemplo. Atualmente, somos o terceiro maior exportador, mas a tendência é que no médio prazo, o Estado alcance o segundo, ou até mesmo o primeiro lugar, já que é o maior produtor de conilon do Brasil, base para a fabricação do café solúvel. Além disso, novas plantas industriais estão em curso, como a da Olam em Linhares, fatos que vão alavancar ainda mais a capacidade instalada para processamento e exportação de café solúvel”, destaca Enio Bergoli.