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domingo, 28 abril, 2024

Encontro de empresários promove debate sobre o futuro do ES

As oportunidades com a Codesa, o boom do comércio exterior e a atração de empresas de tecnologia foram temas abordados no encontro

Por Amanda Amaral 

Ampliação do ambiente de negócios após a privatização da Codesa, um novo “boom” do comércio exterior no Espírito Santo e a atração de empresas de tecnologia. Estes foram alguns dos temas tratados pelos empresários capixabas durante o Encontro Ibef-ES.

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Com o tema “O Espírito Santo e os seus Desafios e Oportunidades Empresariais”, o evento aconteceu na terça-feira (04), no Hotel Senac Ilha do Boi, em Vitória, com organização do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (Ibef-ES).

O primeiro painel intitulado “Novos Investimentos Relevantes no Estado” abordou a importância que as entidades como o ES em Ação e o Ibef-Es têm no mercado de trabalho e por consequência a chegada de novos investidores e geração de emprego.

Oportunidades com a Codesa

Pela primeira vez falando em público, Ilson Hulle, presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), falou sobre o processo de desestatização da Companhia, que traz a oportunidade de uma nova e promissora na história do comércio internacional capixaba.

“Temos muitos desafios. Precisamos transformar o Porto de Vitória de novo num ambiente de negócios, pois ele é referência em importação de fertilizantes, carros, máquinas e equipamentos, cabotagem de contêineres, por exemplo. Tem muita gente interessada no porto e começamos a vislumbrar coisas novas para a Codesa. Podemos arrendar parte do espaço para qualquer empresa pelo prazo que ela quiser. Em três meses devemos estar prontos para novos negócios no porto. É um desafio, mas estamos prontos para dar a largada”, comentou.

Encontro de empresários promove debate sobre o futuro do ES
O presidente da Fecomércio-ES, Idalberto Moro, acredita em um novo boom do comércio exterior no Estado. Foto: Divulgação/IBEF-ES

Lucas Mota, da ENP Energy Platform, falou sobre as perspectivas de investimentos que pretendem fazer no Espírito Santo. “No Estado produzimos gás e óleo em três campos. Gás natural tem grande potencial no Estado. Temos projeto de fazer uma malha de gás com capacidade para transportar 20 milhões de metros cúbicos. Também temos a intenção de criar um ecossistema de gás no Norte no Estado. A gente acredita muito no potencial do Estado, que também tem grande potencial de gerar energia verde”, disse.

Fernando Carreira, da Autoglass, destacou a importância da educação no contexto de geração de emprego e renda. “É importante que os profissionais estejam preparados para atuar na indústria 4.0. Para suprir o gep que temos na educação em algumas áreas temos um centro de educação corporativa, capacitamos cerca de mil colaboradores por ano. Essa é uma saída que adotamos enquanto Autoglass”, afirmou.

Fabricio Coutinho, do Grupo Extrabom, explicou que o varejo é um termômetro para toda a economia: “No nosso estado a oportunidades resultantes do aquecimento no setor tem tido respostas rápidas e qualificadas. O Extrabom vem se organizando para seguir crescendo e contribuindo com a geração de emprego e renda”.

Boom do comércio exterior

Para falar sobre o tema “Sociedade Organizada em Prol do Desenvolvimento do Estado” foram convidados: a presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Cris Samorini; o presidente da Federação do Comércio, Bens, Serviço e Turismo do Estado (Fecomércio-ES), Idalberto Moro; o presidente da Federação dos Transportes (Fetransportes), Renam Chieppe; e o presidente do ES em Ação, Nailson Dalla Bernardina. A mediação do painel foi feita pelo vice-presidente da Fibrasa, Léo de Castro, representando o Ibef-ES.

Encontro de empresários promove debate sobre o futuro do ES
O diretor-presidente do Banestes, José Amarildo Casagrande, apresentou os números do banco estadual. Foto: Divulgação/IBEF-ES

O presidente da Fecomércio prevê um amplo crescimento no Estado. “O Espírito Santo passará por um novo boom no comércio exterior. Estou muito otimista por conta do momento em que estamos vivendo, especialmente com a privatização da Codesa. Além disso, vários segmentos estão avançando e temos grande capacidade de investimentos”, afirmou Idalberto Moro.

Cris Samorini falou sobre o gargalo na infraestrutura que o Estado enfrenta e como a Findes tem atuado. “Nos aprofundamos nos estudos técnicos já sabendo que o porto está em boas mãos. Com isso voltamos nosso foco para as ferrovias e rodovias e estamos percorrendo esse caminho a fim de avançarmos”, disse.

O presidente da Fetransportes destacou que a parceria com outras federações é fundamental para esse avanço. “Com as federações e outras entidades alinhadas e o trabalho da bancada capixaba no Congresso Nacional acredito que vamos destravar os entraves na malha rodoviária”, comentou Renam.

Nailson Dalla Bernardina também acredita no diálogo entre a sociedade e o setor público: “Quando o setor produtivo chega num consenso a gente tem argumentos para levar adiante nossos projetos às autoridades políticas. O Estado fez esse dever de casa e estamos construindo ações para atrair novos investimentos e avançar na relação com a cadeia produtiva”.

Empresas de tecnologia

O terceiro painel do Encontro Ibef-ES 2022 contou com a participação de representantes de grandes instituições financeiras do Estado. Participaram: o diretor-presidente do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), José Amarildo Casagrande; o diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo (Bandes), Munir Abud; o presidente do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil no Espírito Santo (Sicoob-ES), Bento Benturim; o presidente da Apex Partners, Fernando Cinelli; e o secretário de Estado da Fazenda (Sefaz), Marcelo Altoé.

José Amarildo Casagrande apresentou números expressivos do Banestes: “O banco obteve lucro recorde de R$ 182 milhões. Isso tudo por conta do trabalho consistente e equilibrado que desenvolvemos. Atendemos, por meio das linhas de crédito, a todos os públicos. Também somos referência no crédito imobiliário atualmente”.

O Bandes também trouxe informações relevantes, entre elas a de que a instituição vai ampliar o leque de atuação. “Apenas dois estados da federação têm um banco de desenvolvimento para chamar de seu: Espírito Santo e Minas Gerais. O banco trabalha com a premissa de diversificar sua matriz econômica a fim de trazer empresas de base tecnológica. A ideia é transformar o Estado numa espécie de Vale do Silício”, explicou Munir Abud.

Encontro de empresários promove debate sobre o futuro do ES
Paulo Wanick, presidente do IBEF-ES, fez um balanço dos pontos tratados no encontro. Foto: Divulgação/IBEF-ES

Fernando Cinelli destacou que o estado tem uma característica de constituir instituições sólidas. “E com a Apex não foi diferente. Pensamos em nos colocar como uma plataforma de investimentos em quatro áreas de negócios, trabalhamos em parceria com os outros bancos e temos a ideia de cobrir os principais setores no Estado. Trabalhar em formato de consórcio, ou seja, junto com outras casas é uma vontade, pois a gente tem de cooperar entre si. Isso que o Ibef faz e é uma ótima iniciativa”, disse.

Bento Venturim ressaltou que o Sicoob é o maior repassador do Funcafé e que estão trabalhando arduamente para alcançar novas e grandes metas. O secretário de estado da Fazenda, Marcelo Altoé, destacou que o Espírito Santo deverá continuar com a nota A em gestão fiscal: “O Estado tem fetiche pela nota A e ano que vem devemos manter a nota. Também conseguimos fazer investimentos históricos em infraestrutura, saúde e educação”.

Coalização indústria

O encerramento do Encontro Ibef-ES 2022 ficou por conta do presidente do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. Ele falou sobre o tema “Como o Espírito Santo está posicionado frente à indústria nacional”.

O destaque de sua fala foi sobre a Coalizão Indústria, que representa 13 setores produtivos e reúne mais de 43% do PIB da área industrial. Segundo ele, a Agenda Brasil é maximizar a convergência e minimizar a divergência com retomada do crescimento econômico, ajuste fiscal (reforma da previdência e tributária) e recuperação da competitividade sistêmica e abertura comercial x redução do custo Brasil.

O presidente do Ibef-ES, Paulo Wanick, fez um balanço sobre os principais pontos tratados no evento. “Achei incrível saber que mais de 100 empresas de base tecnológica querem investir no nosso Estado. Outro ponto que julgo importante são as linhas de crédito que as instituições bancárias oferecem no Espírito Santo”.

Com informações do IBEF-ES.

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