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sexta-feira, 26 abril, 2024

Economista defende a importação em palestra no Palácio Anchieta

A palestra contou com a presenu00e7a do governador Renato Casagrande e de Secretu00e1rios Estaduais da u00e1rea econu00f4micaDurante palestra no Palácio Anchieta, com a presença do governador Renato Casagrande, secretários estaduais da área econômica e outros representantes do Governo do Estado, o economista Michal Gartenkraut, sócio da Rosenberg Consultores Associados, defendeu as importações, fazendo referência à importância do Fundo para o Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) e criticando medidas protecionistas adotadas pelo governo federal.

Gartenkraut afirmou que a importação é “a máquina que move a economia” e, portanto, “não deve ser demonizada, porque é saudável”. A palestra aconteceu nesta quarta-feira (15).

Segundo o economista, os preços para exportação no Brasil estão melhores e o País pode “se dar ao luxo” de importar. Ele lembrou que o Brasil é tradicionalmente um importador de insumos, matéria-prima e bens de capital, e isso é um fator positivo.

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“Ao contrário do que está se dizendo nessa história da guerra dos portos, teríamos que incentivar ainda mais as importações. O mundo todo sonha em se colocar numa posição em que possa aumentar as importações”, declarou.

Ao defender a manutenção de incentivos financeiros como o Fundap e criticar quem alega que as importações ameaçam a indústria nacional, Gartenkraut advertiu que o protecionismo pode ter efeitos negativos. “Nos Estados Unidos, subiram os juros e adotaram o protecionismo. Virou a maior crise da história, em 1929”, explicou.

Outro problema, na opinião do economista, é que o fim de um incentivo como o Fundaprepresenta um golpe na autonomia dos Estados dentro do pacto federativo.

Além dos riscos à economia capixaba com o fim do Fundap, o economista Michal Gartenkraut citou perdas que o Espírito Santo terá com a nova proposta de divisão dos royalties do petróleo e com a divisão dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). “O Espírito Santo é potencialmente perdedor nas três questões. Não tem o que ceder”, constata.

Essas três questões, segundo ele, fazem parte de uma mesma problemática: o pacto federativo. “Se essas questões forem tratadas em separado, eliminam-se boas possibilidades de acordo”, comentou. Ele também considera negativo o fato de que tanto o FPE quanto o ICMS ainda carecem de uma regulamentação adequada.

Apesar de apontar o Espírito Santo como o maior prejudicado nas três questões em debate no Congresso Nacional, Gartenkraut observa que o governador Casagrande vem conseguindo bons resultados ao aglutinar forças em defesa da economia capixaba. “O Estado está impressionantemente unido em torno do Governo e de sua bancada federal”, disse o economista.

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