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quinta-feira, 2 maio, 2024

E… Porque é necessário manter o pé no chão

A reviravolta em que a economia brasileira e mundial se meteram nos anos 2020, disseminou um ciclo vicioso que freou os negócios internacionais e domésticos

Por Arilda Teixeira

Por que há iminência de que a economia brasileira, e mundial atravessarão um período de baixo crescimento – para 2023, há expectativa para crescimento do PIB de 1% – e previsão de taxa de inflação elevada.

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Juntos, sustentarão taxa de juros também mais elevadas, que por sua vez são obstáculos aos projetos de investimentos.

Cioso dizer que, esse cenário está imerso à dificuldade para se chegar a um acordo sobre como lidar com as mudanças climáticas – que está fazendo com que, até agora, há mais retórica do que atitude efetiva e exequível.

Esse cenário é um obstáculo para a atividade econômica e para metas do desenvolvimento (sustentável) – no Brasil e na economia mundial – porque é uma sinalização negativa para um problema real que, em termos de Estado Brasileiro, vem sendo tratado como não prioritário.

O efeito disso é instabilidade macroeconômica que por sua vez leva à redução de gastos com investimento.

A economia mundial, que está com projeções para crescimento de 2,3% em 2023 e, 2,5% em 2024. E os EUA e Europa estão com previsão de crescimento de 1,1% e 0,9%, respectivamente.

Mas a China segue projeção de crescimento de 5,3%. Então… o obstáculo não é o estágio de desenvolvimento.

Exceto ela, nos demais países em desenvolvimento há perspectiva de queda de crescimento devido às restrições ao crédito que, por sua vez, aumentam o custo do financiamento externo – resposta automática de uma economia de mercado.

As previsões do Banco Mundial são de que na América Latina e Caribe, e África o crescimento do PIB seja marginal. Com isso, nessas regiões, há probabilidade de, no longo prazo, haver estagnação do crescimento, devido ao cenário de restrição de crédito, trazido pelas restritivas Políticas Monetária e Fiscal, que comprometerão o Comércio Mundial de bens e Serviços.

Ou seja, a reviravolta em que a economia brasileira e mundial se meteram nos anos 2020, disseminou um ciclo vicioso que freou os negócios internacionais e domésticos.

A inflação média global para 2023, estimada pelo Banco Mundial, é de 5,2% – antes da pandemia e seus resquícios, estava prevista para 7,5%.

Houve aumento de produção de alimentos (nos países), mas o volume de Importação reduziu.

Fato preocupante porque mesmo que a redução de importação de alimentos, reduza os preços internacionais, essa redução não alcançará os consumidores – a queda dos preços não está aumentando o consumo.

Parte dessa trava é o amplamente comentado Capital Humano (KH) de baixa qualidade. Que é mais efeito da deficiência do Sistema de Ensino Brasileiro do que qualquer outra coisa.

Assim, a economia brasileira segue no ritmo e direção que sua capacidade produtiva permite:

• Crescimento de 1,2% em 2023 (em 2022 foi 2,9%);
• Previsão de crescimento de 1,4% em 2024.

Esse “padrão de comportamento” somente se romperá quando o esquema “escola-cinema-clube-televisão conseguir instituir um Sistema Tributário progressivo.

Só com o pé no chão se sobreviverá aos desafios que estão por vir.

Arilda Teixeira é doutora em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestra em Economia pela Universidade Federal Fluminense. Coordenadora dos cursos de Gestão Estratégica de Negócios e de Gerenciamento de Projetos, da Pós-Graduação da Fucape Business School. É coordenadora do Projeto PIBIC FUCAPE.

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