Obesidade é considerada uma doença crônica, mas especialistas fazem alerta sobre emagrecimento saudável
por Patrícia Battestin
Nesta terça-feira, 11 de outubro, é comemorado o Dia Nacional de Combate a Obesidade. A data tem como objetivo conscientizar a população de que a obesidade é uma doença é necessita ser tratada.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), obesidade é o excesso de gordura corporal em quantidade que determine prejuízos à saúde. O órgão define que uma pessoa tem obesidade quando o Índice de Massa Corporal (IMC) é maior ou igual a 30 kg/m2 e a faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m2.
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Procurar ajuda profissional é fundamental para perder peso e ganhar qualidade de vida. Mas nem sempre é o que acontece. Todos os dias surgem “receitas milagrosas” que prometem emagrecimento rápido. Mas será que vale a pena? Segundo os nutricionistas, a resposta é não!
“Dietas da moda são, em geral, desequilibradas. Elas podem até trazer resultados imediatos em relação à perda de peso, mas este acaba não sendo mantido. Além disso, podem causar deficiência de nutrientes, variação de humor, constipação intestinal e outras consequências se seguidas por muito tempo”, explicou o nutricionista Rafael Monteiro.
Entre essas consequências está a volta dos quilos perdidos. Os exemplos são muitos. A secretária Bianca Oliveira resolveu seguir a dieta que as amigas estavam fazendo. Passou uma semana consumindo somente seis ovos por dia. “Eu comia apenas ovo e salada. Não podia comer pão, feijão, arroz, legumes, outra carne, nada!! Só ovo, alface, tomate, couve… só essas coisas”.
No inicio parecia que a dieta estava funcionado. Mas logo o jogo virou. “Em poucos dias eu já voltei para o meu peso antigo e pior, sentindo mais fome”, disse a secretária.
A experiência semelhante da vivida pela secretária da Stephany Moura. Ela aderiu a uma dieta que limitava as refeições diárias para cinco maçãs. “Eu só comia as maçãs e tomava água, chá… nem suco de outras frutas eu bebia”, comentou.
No início a restrição alimentar era eventual. Mas logo ficou frequente. E o resultado não era o que a secretária esperava. “Eu ficava de segunda a sexta comendo apenas maçã. Mas quando chegava no fim de semana, eu comia descontroladamente. Resultado, no início eu emagreci, mas depois engordei bastante”, lembrou Stephany.
Rafael Monteiro explicou que excluir grupos de alimentos das refeições, por um período pode até parecer vantajoso, mas a realidade não é exatamente essa. “Por exemplo, a dieta da proteína, que de fato favorece a perda de peso por aumentar a saciedade, no entanto, apresenta inúmeras deficiências nutricionais. Geralmente, esses tipos de restrições alimentares causam grande perda de peso em um curto período devido à intensa perda de líquido e de massa magra”, alertou.
Ainda segundo Rafael Monteiro, restringir ou até mesmo excluir certos alimentos do dia a dia não favorece a mudança de hábito e está muito distante do hábito alimentar comum sustentável. O equilíbrio é a melhor forma de manter um corpo em forma e saudável. Comer de tudo não é fator que favorece o ganho de peso. “Uma exclusão de determinado alimento como, por exemplo, pão e laticínios, é necessária apenas em casos de alergias ou intolerâncias alimentares”, alertou Rafael Monteiro.
Emagrecimento saudável e responsável
Se você quer emagrecer e ganhar qualidade de vida, além de procurar acompanhamento profissional, veja a dica do nutricionista.
“A solução definitiva é uma mudança do estilo de vida através de uma alimentação individualizada. Direcionamos as calorias para a perda de peso, porém, com um equilíbrio na ingestão de carboidratos, proteínas, gorduras e outros nutrientes de maneira prazerosa para que seja um hábito alimentar sustentável”, finalizou.