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quinta-feira, 2 maio, 2024

Dengue: por que o sétimo dia é considerado crucial para a doença?

Infectologista explica o processo de evolução da dengue no organismo e a quais sintomas é preciso ficar atento

Por redação [Assessoria]

O sétimo dia da dengue é considerado um ponto-chave para a avaliação do comportamento da doença em cada pessoa, já que é nesta fase que acontecem as modificações para a evolução da doença. Isso significa que a partir daí ou o paciente melhora ou ocorre um agravamento do quadro de saúde.

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“Os infectados precisam ficar em alerta entre o sexto e o oitavo dia para perceber se acontece alguma piora”, indica a infectologista Rúbia Miossi, da Unimed Vitória. Ainda segundo ela, a partir do sétimo dia pode ser realizado o exame de sorologia, que analisa os anticorpos produzidos pelo organismo.

“É por meio dele que nós conseguimos ver se a pessoa realmente teve dengue . Isso é importante para que façamos o diagnóstico correto. Se confirmado, podemos aguardar um intervalo e avaliar se a pessoa vai fazer a vacina de dengue depois”, explica Rubia. A vacina da dengue, que até o momento só é disponibilizada na rede privada, é indicada apenas para adultos que já tiveram diagnóstico confirmado de dengue. Crianças e pessoas que nunca tiverem dengue não podem ser vacinadas, pois a dose aumenta o risco de sintomas graves em caso de infecção.

Fique atento aos sintomas

A infectologista explica que para começar a suspeitar da dengue, o paciente precisa ter um quadro de febre, com duração de dois a sete dias, associado a pelo menos dois destes sintomas: dor de cabeça; dor atrás dos olhos; dor no corpo; fraqueza; vômito e diarreia.

A gravidade da doença pode estar aumentando caso sejam observados sinais como vômito intenso, que impede a pessoa de se manter hidratada. Outros indícios de desidratação são olhos secos, sede intensa e redução da urina.

“Outros sintomas importantes que indicam quadros graves são sangramentos na gengiva e na urina. Manchas vermelhas, aquelas que a pessoa aperta e elas não somem), indicam que o paciente pode estar perto de um fenômeno hemorrágico. Além disso, temos também as plaquetas muito baixas no exame de sangue e as fortes náuseas, que podem ser um sinal de alterações no fígado”.

Reinfecção

A infectologista explica também que pessoas que tiveram dengue há mais de seis meses podem ser infectadas por um outro tipo do vírus, diferente do vírus da infecção anterior. Por isso, é importante que todos se protejam da doença, combatendo os focos de mosquito e usando repelentes, especialmente as crianças, que não conseguem se proteger das picadas.

“Sabemos que pessoas que já tiveram dengue no passado podem ter uma resposta imunológica pior da segunda vez. Os casos graves são o resultado da resposta do organismo ao contato com o vírus. Normalmente há um excesso de resposta imunológica, que ocorre de forma desordenada”, finaliza Rúbia.

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