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sexta-feira, 26 abril, 2024

Delator diz que Aécio Neves montou esquema de fraude em licitação

Então governador de Minas, ele definiu quais empresas participariam de obras para construção de sede administrativa, mediante pagamento de propina

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), enquanto ocupava o cargo de governador de Minas Gerais, montou esquema de fraude em licitação para beneficiar grandes empreiteiras durante a construção da Cidade Administrativa, sede do governo, um projeto arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer e que custou R$ 2,1 bilhões em valores da época. As afirmações são do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior, feitas durante delação premiada à Operação Lava Jato.

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De acordo com Benedicto, primeiro houve uma reunião com Aécio, que o orientou a procurar Oswaldo Borges da Costa Filho, conhecido como Oswaldinho, que é um colaborador das campanhas do tucano. Seria ele o responsável por definir o percentual de propina a ser pago pelas empresas, todas escolhidas pelo próprio Aécio. Ainda de acordo com o delator, esses valores ficaram entre 2,5% e 3% sobre o total dos contratos.

Oswaldo Borges da Costa Filho também acertaria a forma como seriam feitos os pagamentos. Aécio Neves repudiou as afirmações e defendeu o fim do sigilo sobre as delações “para que todo conteúdo seja de conhecimento público”. Obra mais cara do governo de Aécio à frente de Minas Gerais, a Cidade Administrativa foi inaugurada em 2010, último ano do tucano como governador.

O ex-diretor da Odebrecht em Minas Sergio Neves, segundo investigadores da Lava Jato, confirmou as informações repassadas por Benedicto. Sergio Neves aparece nas investigações como responsável por operacionalizar os repasses a Oswaldinho e é ele quem detalha, na delação, os pagamentos a Aécio.

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