O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reeleito presidente da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (03).
Ele venceu cinco concorrentes ainda no primeiro turno ao obter 293 votos entre os 513 possíveis. Para ganhar nesta primeira etapa eram necessários ao menos 257 votos. Apesar de reeleito, Maia ainda depende de um julgamento do Supremo Tribunal Federal para que consiga concluir o seu mandato em fevereiro de 2019, já que a legalidade de sua candidatura foi questionada na corte.
O reeleito Maia tem adiante uma agenda densa, com o desejo do Planalto de aprovar reformas que devem provocar debate e polarização, a principal delas a reforma da Previdência. Em sua campanha, o deputado do DEM defendeu ainda as reformas trabalhista e política.
Desde julho do ano passado, o agora reeleito Maia comanda a Câmara em um mandato-tampão ao substituir Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que renunciou ao cargo para, em vão, tentar salvar o seu mandato parlamentar. O questionamento judicial contra Maia foi o de que um presidente não poderia concorrer à reeleição dentro de uma mesma legislatura. Ou seja, ele só poderia concorre novamente em 2019, caso ainda seja deputado.
Quatro ações contra a candidatura dele foram apresentadas. O ministro do STF Celso de Mello decidiu não acolher a medida liminar solicitada pelos concorrentes de Maia e o liberou para disputar a reeleição. A decisão limitou a validade da candidatura até o julgamento em plenário. Portanto, o Judiciário ainda poderá retirá-lo da presidência da Câmara.