Jogador tirou garrafas do refrigerante Coca-Cola da sala de entrevista e atitude provocou queda do valor de mercado da marca
Por Samantha Dias
Na última segunda-feira (14), antes de conceder entrevista na coletiva da Eurocopa, o jogador Cristiano Ronaldo tirou de cima da mesa à sua frente garrafas da Coca-Cola – patrocinadora do campeonato – e recomendou às pessoas que bebessem água em vez de refrigerante. A sugestão do jogador por uma bebida mais saudável repercutiu no mercado financeiro e o resultado desse comentário foi: a Coca-Cola perdeu US$ 4 bilhões (R$ 20,2 bilhões) em valor de mercado na bolsa de valores de Nova York.
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As ações da Coca-Cola fecharam em baixa na segunda-feira e o valor de mercado da marca despencou US$ 4 bilhões. Paulo Henrique Corrêa, economista e sócio da Valor Investimentos, analisou o valor da marca nesta quarta (16) e disso que os papéis ainda estão caindo, possivelmente reflexo do episódio com o jogador português.
“Qualquer notícia ou repercussão negativa pode manchar a imagem da marca – mesmo que momentaneamente – interferir na sua reputação e no seu valor de mercado. Por se tratar de uma pessoa influente, como o Cristiano Ronaldo, o episódio ganha ainda mais visibilidade e pode influenciar hábitos de consumo. Os investidores, então, fazem fluxo maior de vendas. Com mais gente vendendo ações do que querendo comprar, o valor de mercado despenca”, comentou.
De acordo com Paulo, o reflexo dos acontecimentos, principalmente envolvendo uma grande marca, é imediato no valor de mercado e o preço do papel é resultado do que está envolvendo a empresa. “Cabe à empresa criar estratégias, se posicionar em relação a isso, para não ser mais impactada e recuperar seu valor de mercado. Mas a Coca-Cola é uma grande marca e não será um grande problema”, afirmou o economista.