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quinta-feira, 25 abril, 2024

Possível fraude em vacinação no Espírito Santo

Possível fraude em vacinação: 934 doses de vacinas foram aplicadas em pessoas que, segundo o sistema de registro de óbitos do Espírito Santo, já teriam falecido na data de aplicação do imunizante.

Por Munik Vieira

Uma auditoria na campanha de vacinação contra a covid-19, da Secretaria de Controle e Transparência (Secont), com o objetivo de acompanhar o processo de imunização em todos os municípios capixabas, realizou uma ampla checagem na base de dados do público imunizado no Espírito Santo.

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Segundo a Secont, a análise abrangeu um universo de 882 mil doses aplicadas, no período de 18 de janeiro a 12 de maio deste ano. A checagem cruzou eletronicamente as bases de dados de pessoas vacinadas com os cadastros de servidores públicos estaduais e do sistema de óbitos estadual.

Casos serão encaminhados à Polícia Civil

A análise resultou na identificação de inconsistências e possível fraude, que serão encaminhadas aos órgãos competentes, como a Polícia Civil, para uma averiguação detalhada. Entre os sinais de alerta encontrados estão 1,2 mil casos em que o registro aponta a aplicação de 2ª dose de laboratório diferente da 1ª dose recebida; e 70 doses registradas como fabricadas por um laboratório sem vacinas disponíveis no Estado.

Foram identificadas ainda discrepâncias nas faixas etárias imunizadas. A auditoria constatou 11,5 mil doses aplicadas em cidadãos com idade inferior à faixa etária informada como justificativa para inclusão no grupo prioritário que estava sendo vacinado a cada fase da imunização.

A checagem realizada pelos auditores do Estado apontou, ainda, que os registros da aplicação de doses mostram 408 casos em que o portador de um mesmo número de CPF teria recebido mais de três doses de vacina, e outras 934 doses aplicadas em pessoas que, segundo o sistema de registro de óbitos, já teriam falecido na data de aplicação da vacina.

Todas as questões levantadas pela auditoria são comunicadas de imediato às Controladorias dos municípios, já que as prefeituras são responsáveis pela execução da campanha de vacinação. O objetivo é identificar soluções em conjunto, para evitar que falhas no processo possam comprometam a imunização.

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