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terça-feira, 30 abril, 2024

Corante em doces e salgadinhos eleva risco de inflamação intestinal, diz estudo

O estudo sugere que o consumo do corante pode comprometer a imunidade, provocando doenças do trato gastrointestinal

O consumo frequente de alimentos com corante vermelho sintético pode aumentar o risco de a pessoa desenvolver doenças inflamatórias no intestino. É o que mostra um estudo publicado no último dia 20 na revista científica Nature Communications. Embora sejam amplamente usados na indústria alimentícia, os produtos químicos podem ter impactos no organismo.

Presente em doces, cereais matinais, bebidas e salgadinhos industrializados, o aditivo conhecido como Allura Red AC (FD&C Red 40 ou E129) é usado para dar cor e textura. As dietas ocidentais, por exemplo, são especialmente ricas em corantes sintéticos que melhoram a aparência dos alimentos para atrair os consumidores, principalmente as crianças.

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Durante o estudo liderado por pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá, camundongos foram alimentados todos os dias com altas doses de Allura Red AC por um período de doze semanas. Conforme a publicação, níveis mais altos de serotonina foram observados em roedores que consumiram o corante em maior quantidade.

Também conhecido como hormônio da felicidade, grandes quantidades do neurotransmissor, que ajuda a estimular os movimentos musculares intestinais, podem ser nocivas ao organismo, pois alteram a composição microbiótica intestinal. Desta forma, os mesmos roedores desenvolveram colite ulcerativa, doença crônica caracterizada por inflamação do intestino grosso e com manifestações extra intestinais.

No caso dos humanos, o estudo sugere que o consumo do corante pode comprometer a imunidade da pessoa. As consequências são doenças inflamatórias intestinais e colite ulcerativa, por exemplo, que são enfermidades do trato gastrointestinal que afetam milhões de pessoas em todo o mundo.

Os pesquisadores afirmam ainda que o uso de corantes sintéticos em produtos alimentícios aumentou significativamente nos últimos 50 anos. A quantidade de trabalhos científicos sobre esses produtos, no entanto, ainda é limitada, por isso a importante de mais experimentos para entender os efeitos dos corantes no organismo.

Com informações de Agência Estadão

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