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domingo, 28 abril, 2024

Copom deve adotar cautela ao anunciar Selic

Apesar da tendência de queda, taxa de juros deve permanecer em 13,75%

Cristiano Stefenoni

Apesar da pressão do governo nos últimos dias para que houvesse uma redução da taxa básica de juros, a Selic, o Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), deve manter o índice em 13,75% ao ano, segundo pesquisa divulgada pelo boletim Focus, nesta terça-feira (02).

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Na prática, isso afeta todas as demais taxas de juros do país cobrados em empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. Essa é uma forma de tentar conter a inflação, visto que os juros altos inibem as tomadas de crédito, logo, reduz o consumo e os preços dos produtos caem. Por outro lado, gera a desaceleração da economia.

Vale lembrar que, apesar da taxa Selic estar estável desde agosto do ano passado, esse percentual ainda é o mais alto desde 2017. O índice está previsto para ser divulgado nesta quarta (03), às 18 horas.

Para o PhD em Economia e economista chef da Apex Partenrs, Arilton Teixeira, apesar da expectativa do índice permanecer o mesmo, há uma tendência do Banco Central em iniciar um processo de queda dos juros visto que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aponta uma queda da inflação em relação ao ano passado.

“Em 2022, por conta da guerra na Ucrânia, os preços dos produtos e do combustível subiram muito, elevando a inflação e forçando o Banco Central a subir a taxa de juros. Mas este ano o IPCA vem demonstrando queda, o que poderá refletir na taxa Selic já na próxima reunião do Copom”, explica Teixeira.

Para ele, o ideal é que fossem criadas políticas públicas para que houvesse uma real redução dos juros. “Daí a importância de uma reforma administrativa em Brasília, para que se reduzam os gastos públicos e não seja necessário estourar o teto de gastos”, justifica.

Para o economista, as pequenas empresas são as que mais sofrem com os juros altos porque precisam pegar crédito para seu capital de giro. Em relação a pessoa física, Teixeira dá uma velha, mas eficaz receita: “Não gaste mais do que você ganha e evite pegar empréstimos. E quando vier o período das vacas gordas, lembre-se das vacas magras”, orienta.

 

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