Com o reajuste da bandeira tarifária feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no último dia 29 de junho, conta de energia vai ficar 5% mais cara
Por Samantha Dias
A Aneel reajustou o valor da bandeira tarifária vermelha 2, o mais alto do sistema, de R$ 6,24 para R$ 9,49 para cada 100 kwh (quilowatt-hora) consumidos – um reajuste de 52%. A mudança já começa a valer neste mês de julho.
Esse aumento, no entanto, não é calculado em cima do valor total da conta de luz, e sim no acréscimo gerado a cada 100 kWh consumido. O reajuste das bandeiras provoca um impacto no valor final da conta de luz, segundo a Aneel, de 4,9%.
Por que a conta aumenta?
A usina hidrelétrica, que gera energia a partir da força da água nos reservatórios, é a mais barata e a primeira opção do Sistema Interligado Nacional (SIN). Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre nenhum acréscimo.
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A bandeira amarela significa que as condições de geração de energia não estão favoráveis. A bandeira vermelha mostra que está mais caro gerar energia naquele período. Por isso, em épocas de muita chuva e reservatórios cheios, a bandeira tarifária costuma ser a verde, porque a energia está sendo produzida da maneira mais em conta.
Em períodos de estiagem, quando o nível dos reservatórios diminui, é necessário captar energia de outros tipos de usina, como as termelétricas. Esse tipo de usina gera energia a partir de combustíveis fósseis, como diesel e gás. Além de ser mais poluente, é mais cara. Por isso, quando as termelétricas são acionadas, o custo da geração de energia aumenta e a bandeira tarifária muda.
Quem faz a avaliação das condições de geração de energia no país é o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). É ele que define a melhor estratégia de geração de energia para atendimento da demanda. Ela define a previsão de geração hidráulica e térmica, além do preço de liquidação da energia no mercado de curto prazo.
Com informações da Agência Brasil