De janeiro a agosto de 2016, a realização de transplantes de órgãos cresceu 12,6% no Espírito Santo, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde.
Foram 366 procedimentos realizados, como doação de córnea, fígado e coração, ante 325 no mesmo período de 2015. Embora a doação tenha crescido, esse número ainda é insuficiente para atender a demanda da população, visto que atualmente cerca de mil pessoas ainda esperam um transplante no Estado.
Nesta terça-feira, dia 27 de setembro, é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, buscando sensibilizar mais pessoas sobre o tema. Na avaliação da assistente social e especialista em saúde pública, Zenithe Custódio da Silva, o assunto precisa ser popularizado, principalmente no sentido de informar a população sobre as diferenças entre morte encefálica e coma. “O momento da morte de um parente é muito delicado para a família. Por isso, o processo educativo tem que ser permanente”, declara.
Desde 2001, a doação de órgãos só pode ser realizada mediante autorização familiar. Por isso, é importante avisar sua família sobre sua intenção de ser doador de órgão. Quando o paciente sofre morte encefálica, esse quadro precisa ser confirmado mediante a realização de uma bateria de exames, inclusive por médicos diferentes, para que o processo de doação de órgãos seja realizado, após autorização da família.
Segundo Zenithe, todo Estado possui uma Central de Captação e Doação de Órgãos, ligada a Secretaria Estadual de Saúde. Os pacientes à espera de doação integram uma fila única, dividida por Estado, e a definição de quem serão os receptores dos órgãos ocorre via sistema informatizado, que compara os resultados de exames em busca de pacientes compatíveis.
Zenithe integra o projeto “Educar para Doar”, desenvolvido através da empresa Capte Consultoria Social e Treinamento. Atualmente, são buscados parceiros para levar o projeto a escolas, faculdades igrejas. “Em minha experiência, percebemos que muitas vezes os próprios profissionais da saúde não sabem como abordar a pessoa, inclusive no sentido de explicar como vai funcionar todo o processo de retirada e implantação do órgão em outra pessoa”, explica.
Dúvidas mais comuns sobre doação de órgãos: 1) Como ser um doador? 2) Quais órgãos podem ser doados? 3) É possível doar órgãos em vida? 4) Quem pode doar órgãos em vida? 5) Há alguma alteração visual no corpo após a retirada do órgão? 6) Somente uma pessoa pode ser beneficiada com a doação dos órgãos? 7) Somente pacientes com morte cerebral podem doar órgãos? Fonte: Hospital Albert Einstein |