27.9 C
Vitória
sexta-feira, 3 maio, 2024

Cerca de 1000 pessoas esperam transplante no ES

De janeiro a agosto de 2016, a realização de transplantes de órgãos cresceu 12,6% no Espírito Santo, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde.

Foram 366 procedimentos realizados, como doação de córnea, fígado e coração, ante 325 no mesmo período de 2015. Embora a doação tenha crescido, esse número ainda é insuficiente para atender a demanda da população, visto que atualmente cerca de mil pessoas ainda esperam um transplante no Estado.

- Continua após a publicidade -

Nesta terça-feira, dia 27 de setembro, é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, buscando sensibilizar mais pessoas sobre o tema. Na avaliação da assistente social e especialista em saúde pública, Zenithe Custódio da Silva, o assunto precisa ser popularizado, principalmente no sentido de informar a população sobre as diferenças entre morte encefálica e coma. “O momento da morte de um parente é muito delicado para a família. Por isso, o processo educativo tem que ser permanente”, declara.

Desde 2001, a doação de órgãos só pode ser realizada mediante autorização familiar. Por isso, é importante avisar sua família sobre sua intenção de ser doador de órgão. Quando o paciente sofre morte encefálica, esse quadro precisa ser confirmado mediante a realização de uma bateria de exames, inclusive por médicos diferentes, para que o processo de doação de órgãos seja realizado, após autorização da família.
Segundo Zenithe, todo Estado possui uma Central de Captação e Doação de Órgãos, ligada a Secretaria Estadual de Saúde. Os pacientes à espera de doação integram uma fila única, dividida por Estado, e a definição de quem serão os receptores dos órgãos ocorre via sistema informatizado, que compara os resultados de exames em busca de pacientes compatíveis.

Zenithe integra o projeto “Educar para Doar”, desenvolvido através da empresa Capte Consultoria Social e Treinamento. Atualmente, são buscados parceiros para levar o projeto a escolas, faculdades igrejas. “Em minha experiência, percebemos que muitas vezes os próprios profissionais da saúde não sabem como abordar a pessoa, inclusive no sentido de explicar como vai funcionar todo o processo de retirada e implantação do órgão em outra pessoa”, explica.

Dúvidas mais comuns sobre doação de órgãos:

1) Como ser um doador?
Para ser um doador basta avisar a família, pois são eles que assinam um documento de autorização para doação. Portanto não há necessidade de emitir qualquer documento ou registro.

2) Quais órgãos podem ser doados?
Coração, fígado, intestinos, pâncreas, pulmões, rins, córneas, pele, ossos, valvas cardíacas e tendões.

3) É possível doar órgãos em vida?
Sim, é possível fazer uma doação do rim, por exemplo. No caso do fígado e do pulmão, também é possível o transplante entre vivos, sendo que apenas uma parte do órgão do doador poderá ser transplantada no receptor. Para ser um doador em vida, a pessoa precisa ter boas condições de saúde – esta avaliação deverá ser feita por um médico – ser capaz juridicamente e que aceite realizar a doação.

4) Quem pode doar órgãos em vida?
Podem ser doadores os pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos. Pessoas que não tem grau de parentesco podem doar somente com autorização judicial.

5) Há alguma alteração visual no corpo após a retirada do órgão?
Não, pois os órgãos e tecidos doados são removidos por meio de procedimento cirúrgico como qualquer outro. Após a retirada, o corpo é reconstruído com todos os cuidados necessários, sem qualquer deformidade.

6) Somente uma pessoa pode ser beneficiada com a doação dos órgãos?
Não, os órgãos de um único doador podem beneficiar até 10 pessoas diferentes.

7) Somente pacientes com morte cerebral podem doar órgãos?
Sim, pacientes com morte cerebral – geralmente vítimas de traumatismo craniano ou derrame cerebral que mantenham as funções vitais apenas com a ajuda de aparelhos, podem doar órgãos. Há um potencial muito grande de doadores, mas existem fatores que impedem esse processo no País, como a não identificação do doador em tempo, a dificuldade de conservação dos órgãos e a dificuldade de comunicação com a família doadora.

Fonte: Hospital Albert Einstein

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA