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sábado, 18 maio, 2024

Capixaba não vai ficar sem arroz, diz associação

Grande parte do alimento encontrado nos supermercados do Estado vem do Rio Grande Sul

Por Kikina Sessa

As fortes chuvas que abateram o Rio Grande do Sul acenderam um sinal de alerta no abastecimento do alimento que está presente diariamente no prato do brasileiro: o arroz. O estado gaúcho é responsável por 70% da produção do cereal, com o plantio ocupando mais de 900 mil hectares. A preocupação do consumidor é se vai faltar o produto nas gôndolas ou se o preço vai subir.

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A Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) informa que no momento não há perspectiva de falta de produtos, pois os estabelecimentos trabalham com estoque de reposição, além de poder contar com fornecedores de outros mercados.

A Acaps não soube informar quanto do arroz comercializado no Espírito Santo é procedente do Rio Grande do Sul, mas disse que é a “grande parte”. O produto chega ao Estado por meio do modal rodoviário, também afetado pelas chuvas, e já vem embalado para ser comercializado nos pontos de venda.

A produção de arroz no Espírito Santo é considerada pequena. O cultivo ocorre em 10 municípios, com uma produção de 98 toneladas registrada em 2022, conforme o Painel Agro, do Incaper. Nova Venécia, Mantenópolis e Barra de São Francisco são os três maiores produtores.

Quase tudo o que o Brasil colhe de arroz fica para consumo interno. Há mais de 20 anos, a colheita anual se mantém na casa das 11 milhões de toneladas, enquanto o consumo da população é de cerca de 12 milhões de toneladas.

Deste modo, o país já precisa importar o cereal de outros países para completar o consumo nacional. Os principais fornecedores são o Paraguai, a Argentina e o Uruguai.

O risco de desabastecimento também é afastado pelo diretor-executivo do Sindicato da Indústria do Arroz do Rio Grande do Sul (SindArroz), Tiago Barata.

“Apesar das perdas, a gente tem a segurança de dizer que o Brasil tem plena condição de garantir seu abastecimento. É provável que, diante das atuais circunstâncias, as exportações percam bastante espaço e haja um aumento nas importações. O volume de arroz importado de certa forma deve compensar essa redução de safra”, disse o executivo.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foi procurada pela reportagem mas, conforme a assessoria de imprensa, não tinha informações sobre o estoque do produto.

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