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quinta-feira, 2 maio, 2024

Câncer de mama pode ser identificado por exame de sangue

Uma grande novidade para ciência. O câncer de mama agora pode ser identificado por exame de sangue

Por Paula Bourguignon

O tipo de câncer mais comum entre as mulheres agora pode ser diagnosticado através do exame de sangue. A amostra foi feita com 5 ml de sangue.

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Essa novidade, muito precoce, promete acelerar o diagnóstico de tumor mamário, especialmente em mulheres mais jovens, revolucionando o tratamento oncológico.

De acordo com um estudo, desenvolvido por pesquisadores de diferentes países, como Reino Unido, Estados Unidos e Índia, e publicado na revista científica Cancers, essa triagem vai permitir detectar a presença do tumor mais cedo e também diminuir a dependência das mamografias.

“O que não quer dizer que o exame de imagem deixará de ser importante. Embora o teste sanguíneo tenha se mostrado eficiente, não consegue apontar onde o tumor está localizado e, por isso, não pode substituir por completo as mamografias, que continuam sendo recomendadas anualmente para as mulheres a partir dos 40 anos”, comentou a mastologista do Núcleo Especializado em Oncologia (Neon), Laís Gueiros.

O exame conseguiu diagnosticar, em média, 92% dos cânceres de mama e esta porcentagem é levemente superior à taxa de acerto das mamografias.

Conforme o nível aumentava, maior foi a taxa de precisão. Nos estágios 3 ou 4, o índice de acerto chegou a 100%, já que a concentração de CTCs no sangue tende a ser bastante elevada.

Por outro lado, quando o tumor estava no estágio 1, a taxa de acerto foi um pouco menor, estimada em 89%. Enquanto isso, no estágio 0, o índice foi calculado de forma correta em 70% dos casos. Uma vantagem, pelo menos durante o estudo, é que não foram identificados falsos positivos, ou seja, casos em que o resultado dá positivo, mas o câncer não existe.

No total, foram usadas cerca de 9,6 mil amostras de sangue de mulheres saudáveis e outras 548 amostras de pessoas com câncer de mama.

Sintomas

O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio de alguns sintomas mais frequentes. A principal manifestação da doença é o nódulo, fixo e geralmente indolor.

O nódulo está presente quase todos os casos quando o câncer é percebido pela própria mulher.

Outros sinais e sintomas são: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; e saída de líquido anormal das mamas. Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém podem estar relacionados a doenças benignas da mama.

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos.

Diagnóstico

A mamografia é a radiografia das mamas feita por aparelho de Raios-X (mamógrafo). O exame é capaz de mostrar alterações suspeitas antes mesmo de o tumor ser palpável. Entretanto, a confirmação do câncer de mama só é feita pelo exame histopatológico, que é uma análise no laboratório de uma pequena parte retirada da lesão por meio de biópsia.

Tratamento
* Tratamento local: cirurgia e radioterapia (além de reconstrução mamária).
*Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.

Fatores de Risco

Os fatores de risco do câncer de mama estão relacionados às seguintes situações:

* Idade avançada, principalmente acima dos 50 anos;
* Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
* Sedentarismo e inatividade física;*
* Consumo de bebida alcoólica;
* Exposição excessiva à radiação ionizante;
* Primeira menstruação antes dos 12 anos de idade;
* Primeira gestação após os 30 anos;
* Menopausa após os 55 anos;
* Não ter tido filho;
* Uso de contraceptivos hormonais;
* Histórico familiar de câncer de mama;
* Histórico familiar de câncer de ovário.

Tem cura?

Já um câncer de mama no estágio 3 ou 4 tem de 30 a 40% de chance de cura total. Mas isso não é motivo para desistir ou achar que o seu caso não tem cura – com o tratamento adequado e força de vontade, todo o obstáculo é transpassado.

Mas, mesmo cânceres em estágios mais avançados podem responder bem ao tratamento, podendo ser operados e retirados completamente.

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