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quarta-feira, 1 maio, 2024

CAE do Senado sugere mudanças na reforma tributária

A criação do Imposto Seletivo e a fixação do teto da alíquota única estão entre os pontos levantados pela Comissão

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado apresentou nesta quinta-feira, 19, as sugestões à proposta de reforma tributária colhidas a partir de uma série de audiências públicas com autoridades e especialistas sobre o assunto. Entre as propostas da CAE estão a fixação de um teto de alíquota, a mudança no tempo de transição e ajustes no Imposto Seletivo.

A maior parte das mudanças já estavam no holofote das discussões, com algumas delas já sendo faladas pelo relator da PEC, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que esteve presente na sessão da comissão e agradeceu pelas colaborações.

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“Muito do que ouvi na CAE coincide com o que ouvimos nas audiências na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], do que ouvimos do setor produtivo, dos Estados e municípios. Acolhemos as sugestões com o maior carinho. Estamos a poucos dias de entregar o relatório e só lamento que a gente esteja recebendo essas sugestões muito em cima da hora”, disse Braga.

As sugestões feitas pela CAE foram reunidas pelo senador Efraim Filho (União Brasil-PB), que ficou responsável por consolidar as informações do grupo de trabalho da comissão. A apresentação foi dividida em dez temas. O grupo sugeriu que seja estabelecido um teto na alíquota do imposto agregado. Foram feitas duas sugestões: que esse limite seja de 25% ou que não acarrete em aumento da carga tributária em relação ao porcentual do PIB.

Outra mudança proposta é uma regulamentação maior do Imposto Seletivo. O grupo da CAE sugeriu que as hipóteses de aplicação da taxa seja por lei complementar e que tenha um caráter extrafiscal, e não arrecadatório. “[O Imposto Seletivo tem que ter] caráter extrafiscal, não é para se arrecadar mais. O Imposto Seletivo não deve ter função arrecadatória, tem função regulatória, desestimular produção de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente”, disse Efraim Filho.

O colegiado também propôs explicitar que o Imposto Seletivo não será cumulativo e incidirá somente uma vez na cadeia produtiva.

Outro tema citado é em relação ao Conselho Federativo, estabelecendo que a União terá participação extraordinária em temas comuns envolvendo o IBS e o CBS. O relator da reforma, Eduardo Braga, porém, já deixou claro que fará uma série de mudanças no órgão, que deve passar a se chamar Comitê Gestor, retirando prerrogativas de decisão e mantendo como um comitê técnico.

O GT da CAE propôs, ainda, uma redução no tempo de transição de 50 anos para 30 anos, com a uniformização dos prazos de compensação dos créditos do IBS e do CBS até dezembro de 2032. Outro ponto de ajuste é em relação ao artigo que possibilitava a criação de novos impostos estaduais. O grupo propôs a vedação da majoração das alíquotas já existentes, da ampliação das hipóteses de incidência ou da criação de novas contribuições por parte dos Estados e do Distrito Federal.

O GT também sugeriu que o Seguro-Receita seja aumentado de 3% para 4%. Pelo texto da reforma, 3% da parcela do IBS distribuída pelo destino serão usados para compensar os entes com maior queda da participação no total da receita. Esse porcentual seria aumentado em um ponto porcentual.

As contribuições serão analisadas por Braga e sua equipe técnica nos próximos dias. O relator, porém, ressaltou que já tem “soluções encaminhadas” sobre muitas das sugestões apresentadas nesta quinta-feira e que seu relatório estará disponível nos próximos dias. Com informações de Agência Estado

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