Bolsonaro diz que queimadas na Amazônia estão servindo de “pano de fundo” para atitude neo-colonialista da Europa.
Esta sexta-feira (22) foi marcada por tensão no cenário internacional entre Brasil e Europa, em relação às queimadas na Amazônia. Em seu perfil no Twitter, Jair Bolsonaro reagiu às declarações oficiais feitas pelo presidente da França, Emmanuel Macron.
Mais cedo, o gestor francês disse que Bolsonaro “mentiu” sobre seus compromissos ambientais. Como resultado, “irá se opor à assinatura do tratado de livre-comércio entre União Europeia (UE) e Mercosul”.
“Dada a atitude do Brasil nestas últimas semanas, o presidente só pôde constatar que o presidente Bolsonaro mentiu durante a cúpula de Osaka” do G20, disseram fontes. Macron também chamou uma reunião emergencial do grupo dos países mais ricos do mundo para discutir a situação por ele avaliado como emergencial da Amazônica.
Na mídia social, Bolsonaro disse:
– O Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 22 de agosto de 2019
Irlanda
O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, também se manifestou. Disse que o governo irlandês também será contrário ao acordo de livre-comércio entre União Europeia (UE) e Mercosul caso o Brasil não proteja as florestas da Amazônia.
“De modo algum a Irlanda votará a favor do acordo de livre-comércio UE-Mercosul se o Brasil não cumprir os seus compromissos ambientais. Estou muito preocupado, porque neste ano vimos níveis recorde de destruição nas florestas amazônicas pelo fogo”, afirmou em comunicado o chefe de governo.
O impasse com a França acontece após Alemanha e Noruega terem congelado os
repasses ao Fundo Amazônia. Ontem (22), Emmanuel Macron, presidente
da França, convocou os outros integrantes do G7, que reúne as sete maiores economias do
mundo, para discutir os incêndios na floresta amazônica
*Da redação com informações da Agência Efe