Para fugir das lotações, dos atrasos e riscos de contaminação do transporte público, muitas pessoas se tornaram adeptas das bicicletas neste período
Que táxi, que nada. É de bike mesmo. Neste período de pandemia, provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), um tradicional meio de transporte voltou a se tornar queridinho de muitas pessoas que precisam se locomover em distâncias razoáveis.
A venda de bicicletas disparou durante este período e o crescimento do movimento também pode ser visto pelas ruas. Além da economia, dentre os fatores que pesam nesta escolha, estão os atrasos, a superlotação e o risco de contaminação no transporte.
Segundo um relatório sobre o tema, publicado pela Universidade Alemã de Esporte, “quem anda de bicicleta regularmente, poupa muitas visitas ao médico. Muitas pessoas com problemas de dores nas costas, excesso de peso ou doenças cardiovasculares poderiam desfrutar de muitos anos de boa saúde se usassem a bicicleta mais vezes”.
De acordo com o profissional de educação física da Academia Hangar, Rodrigo Barbosa, esta modalidade também ajuda no emagrecimento e melhora o condicionamento físico e resistência, além da saúde mental. “Com a regularidade do ciclismo, é possível obter um excelente ganho em força muscular e tônus na parte inferior do corpo. Uma boa forma na prática da atividade requer os músculos do centro do corpo bem fortes. Manter-se na posição correta para pedalar implica usar esta parte central do corpo para manter boa postura das costas, ombros baixos afastados das orelhas e o abdômen firme”, explica.
O professor conta que andar de bicicleta é um exercício aeróbico potente, que leva à perda média de 280 a 700 calorias por hora. E ele ainda orienta sobre como aproveitar melhor o movimento, seja ele feito com a finalidade de atividade física ou transitando de um lugar para outro. “É preciso ficar atento na postura para manter ombros baixos afastados das orelhas, abdômen firme, quadril estabilizado, joelhos na linha dos pés e a posição dos pés retos. Obtendo uma postura correta ou técnica, logo será percebida a melhora do seu desempenho”, avisa.
Experiência positiva
Giselle Fabíola da Cunha Lopes, é aluna do professor Rodrigo e divide a experiência com a a bicicleta. Ela conta que era adepta do ciclismo indoor e que pedala desde de 2013 nessa modalidade.
“Eu era muito resistente ao ciclismo de rua. Ai veio a pandemia, o fechamento das academias, eu com alguma resistência passei a usar a bicicleta. Comecei a pedalar 5km depos puxei pra 10 e depoi eu comeceu a fazer algumas coisas que eu fazia de carro, eu comecei a fazer com a bike.”, afirma Giselle que ainda pontua que começou a achar interessante a pratica, “e por incrivel que pareça eu senti uma mudança muito grande no meu condicionamento fisico.”.
Na verdade o ciclismo de rua ele tem outros beneficios. “Essa minha mudança do indoor para outdoor veio pra ficar. “Hoje eu já cogito ir para o escritório que fica a cerca de 12km da minha casa de bike. Deixar o carro em casa. Então pra mim foi uma mudança de estilo de vida mesmo.” completou Giselle.
Outros benefícios
Alguns estudos mostram que pessoas que praticam o ciclismo eliminam o colesterol ruim (HDL) até cinco vezes mais rápido, pois as partículas que transportam o HDL se metabolizam com maior velocidade. A cirurgiã vascular e angiologista, Moriane Lorenzoni, destaca que este tipo de exercício, ativa a circulação nas pernas e ajuda o sangue a retornar ao coração. “Esta atividade estimula a circulação sanguínea, promove a saúde do coração e dos pulmões, dentre outros órgãos. Mesmo que de maneira suave, porém com frequência, ela deixa o coração mais “eficiente”, ou seja, é necessário menos esforço para bombear o sangue, o que diminui assim a pressão arterial”, conta.