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terça-feira, 14 DE janeiro DE 2025

Bartenders: a arte de oferecer uma experiência sensorial em apenas um gole

Para homenagear os artistas da coquetelaria, nada melhor que um dia todo deles. E é justamente o que se comemora hoje, 4 de outubro, dia do bartender!

Por Ivi Rafaela

Muito mais do que malabarismo com garrafas ou coqueteleiras, misturas e bebidas coloridas, o bartender é o profissional capaz de transformar técnica, conhecimento e atendimento em uma experiência sensorial única e inesquecível em apenas um gole! São profissionais que regam com a dose certa os bons e até os maus momentos. Afinal, o que seriam das ocasiões inesquecíveis, das dores de cotovelo, das comemorações ou do happy hour sem uns bons drinks?!

Da boa caipirinha, do tradicional cosmopolitan até os autorais, um bom drink exige muito mais do que talento e criatividade destes profissionais que atuam atrás dos balcões. Os ingredientes indispensáveis para o exercício da profissão é a habilidade de lidar com o público e a percepção para entender as necessidades e gosto dos clientes fazendo com que saiam mais satisfeitos e realizados que quando entraram no bar.

Seguir o caminho de sabores, aromas e paixão não é tarefa fácil, mas que transformam os Bartenders em verdadeiros donos das noites mais baladas pelo mundo a fora! E merecem todo o reconhecimento e respeito dos clientes e amantes desta arte. Para homenageá-los, nada melhor que um dia todo deles. E é justamente o que se comemora hoje, 4 de outubro, dia do bartender.

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Origem

Há quem diga que o ofício começou ainda na época dos impérios gregos e romanos, quando os taberneiros eram os responsáveis pela produção de bebidas que vendiam. Uma função de reputação duvidosa e de atuação majoritariamente masculina. Já em meados do século XIX, a profissão ficou famosa pela atuação de Jerry Thomas, conhecido como o “pai da coquetelaria”. Foi ele que transformou os bartenders em seres criativos com seus livros de receitas e pela forma cordial que tratava os clientes, algo raro na época.

Em contrapartida, há afirmações que os profissionais do balcão surgiram nos Estados Unidos, na década de 1930. Quando, durante o período da Grande Crise, os americanos começaram usar drogas e bebidas para amenizarem o sofrimento e o governo americano implementou a ei Seca como tentativa de desesperada para tentar diminuir taxas de suicídios que estavam vindo em decorrência do abuso de bebidas alcoólicas.

Com a ilegalidade do consumo de álcool, que não foi respeitado pela sofrida população, os mafiosos da época usaram de seus privilégios para comercialização clandestina. Os bares ilegais eram montados em porões e precisavam ser protegidos por um homem de confiança os mafiosos. Para tal função, era necessário ser dissimulado, elegante e discreto. Mas, principalmente contar com a criatividade e raciocínio rápido para camuflar as bebidas, como adicionar suco de laranja em doses de vodka quando aconteciam as buscas policiais.

Tão incerto como o surgimento oficial dos primeiros bartenders, é a data escolhida para celebrar a profissão. Mas, foi em 1951, no salão do Grand Hotel em Torquay, na Inglaterra, que a Associação Internacional barmans (do inglês, International Bartenders Association (IBA) foi criada. A IBA representa os bartenders, estabelece normas de conduta à categoria além de registrar e oficializar os coquetéis em todo mundo.

Paixão

A coquetelaria não desperta entusiasmo apenas nos consumidores. Um bom bartender precisa muito mais que saber harmonizar ingredientes e ter carisma. É preciso dedicação constante e principalmente paixão para exercer com excelência a profissão. Como aconteceu com a bartender Brunella Nascimento, que hoje comanda o balcão do Barlavento, na Praia de Camburi, em Vitória.

Bartenders: a arte de oferecer uma experiência sensorial em apenas um gole
Brunella Nascimento. Foto: Arquivo pessoal

O interesse pela profissão despertou quando ela começou a lavar copos em bar como renda extra. Brunella era protética e havia acabado de chegar de Colatina. “Eu gostava de ver como eram preparados os drinks e despertou em mim o interesse. Comecei a praticar e gostei. E foi ai que tive que escolher qual profissão seguir”, conta.

Ao longo destes seis anos, Brunella se dedicou ao desenvolvimento da arte do preparo de drinks com diversos cursos e seminários até se tornar referência na coquetelaria Brasileira. “Não foi uma decisão fácil, mas falei que já que teria que largar a carreira de protética, que é uma profissão incrível, eu vou ser a melhor”. Para ela, a maior dificuldade enfrentada na profissão é mão de obra qualificada para formar equipe. “Infelizmente é uma área que está crescendo cada dia mais, mas A falta de mão de obra é uma dificuldade enfrentada não só para mim, como para a área de restaurante”.

Além de atuar no Barlavento, Brunella assina a carta de drinks de outros oito estabelecimentos no Espírito Santo. Entre eles o Flores e Sabores na Região do Caparaó, o Penísula Santa Rita, em Guarapari e o Dry Cat em Vitória. “Apesar de trabalhar muito, além do bom retorno financeiro, outra vantagem da profissão é estar conectada com pessoas, o que é incrível.”

 

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