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domingo, 28 abril, 2024

Bartenders: a arte de oferecer uma experiência sensorial em apenas um gole

Para homenagear os artistas da coquetelaria, nada melhor que um dia todo deles. E é justamente o que se comemora hoje, 4 de outubro, dia do bartender!

Por Ivi Rafaela

Muito mais do que malabarismo com garrafas ou coqueteleiras, misturas e bebidas coloridas, o bartender é o profissional capaz de transformar técnica, conhecimento e atendimento em uma experiência sensorial única e inesquecível em apenas um gole! São profissionais que regam com a dose certa os bons e até os maus momentos. Afinal, o que seriam das ocasiões inesquecíveis, das dores de cotovelo, das comemorações ou do happy hour sem uns bons drinks?!

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Da boa caipirinha, do tradicional cosmopolitan até os autorais, um bom drink exige muito mais do que talento e criatividade destes profissionais que atuam atrás dos balcões. Os ingredientes indispensáveis para o exercício da profissão é a habilidade de lidar com o público e a percepção para entender as necessidades e gosto dos clientes fazendo com que saiam mais satisfeitos e realizados que quando entraram no bar.

Seguir o caminho de sabores, aromas e paixão não é tarefa fácil, mas que transformam os Bartenders em verdadeiros donos das noites mais baladas pelo mundo a fora! E merecem todo o reconhecimento e respeito dos clientes e amantes desta arte. Para homenageá-los, nada melhor que um dia todo deles. E é justamente o que se comemora hoje, 4 de outubro, dia do bartender.

Origem

Há quem diga que o ofício começou ainda na época dos impérios gregos e romanos, quando os taberneiros eram os responsáveis pela produção de bebidas que vendiam. Uma função de reputação duvidosa e de atuação majoritariamente masculina. Já em meados do século XIX, a profissão ficou famosa pela atuação de Jerry Thomas, conhecido como o “pai da coquetelaria”. Foi ele que transformou os bartenders em seres criativos com seus livros de receitas e pela forma cordial que tratava os clientes, algo raro na época.

Em contrapartida, há afirmações que os profissionais do balcão surgiram nos Estados Unidos, na década de 1930. Quando, durante o período da Grande Crise, os americanos começaram usar drogas e bebidas para amenizarem o sofrimento e o governo americano implementou a ei Seca como tentativa de desesperada para tentar diminuir taxas de suicídios que estavam vindo em decorrência do abuso de bebidas alcoólicas.

Com a ilegalidade do consumo de álcool, que não foi respeitado pela sofrida população, os mafiosos da época usaram de seus privilégios para comercialização clandestina. Os bares ilegais eram montados em porões e precisavam ser protegidos por um homem de confiança os mafiosos. Para tal função, era necessário ser dissimulado, elegante e discreto. Mas, principalmente contar com a criatividade e raciocínio rápido para camuflar as bebidas, como adicionar suco de laranja em doses de vodka quando aconteciam as buscas policiais.

Tão incerto como o surgimento oficial dos primeiros bartenders, é a data escolhida para celebrar a profissão. Mas, foi em 1951, no salão do Grand Hotel em Torquay, na Inglaterra, que a Associação Internacional barmans (do inglês, International Bartenders Association (IBA) foi criada. A IBA representa os bartenders, estabelece normas de conduta à categoria além de registrar e oficializar os coquetéis em todo mundo.

Paixão

A coquetelaria não desperta entusiasmo apenas nos consumidores. Um bom bartender precisa muito mais que saber harmonizar ingredientes e ter carisma. É preciso dedicação constante e principalmente paixão para exercer com excelência a profissão. Como aconteceu com a bartender Brunella Nascimento, que hoje comanda o balcão do Barlavento, na Praia de Camburi, em Vitória.

Bartenders: a arte de oferecer uma experiência sensorial em apenas um gole
Brunella Nascimento. Foto: Arquivo pessoal

O interesse pela profissão despertou quando ela começou a lavar copos em bar como renda extra. Brunella era protética e havia acabado de chegar de Colatina. “Eu gostava de ver como eram preparados os drinks e despertou em mim o interesse. Comecei a praticar e gostei. E foi ai que tive que escolher qual profissão seguir”, conta.

Ao longo destes seis anos, Brunella se dedicou ao desenvolvimento da arte do preparo de drinks com diversos cursos e seminários até se tornar referência na coquetelaria Brasileira. “Não foi uma decisão fácil, mas falei que já que teria que largar a carreira de protética, que é uma profissão incrível, eu vou ser a melhor”. Para ela, a maior dificuldade enfrentada na profissão é mão de obra qualificada para formar equipe. “Infelizmente é uma área que está crescendo cada dia mais, mas A falta de mão de obra é uma dificuldade enfrentada não só para mim, como para a área de restaurante”.

Além de atuar no Barlavento, Brunella assina a carta de drinks de outros oito estabelecimentos no Espírito Santo. Entre eles o Flores e Sabores na Região do Caparaó, o Penísula Santa Rita, em Guarapari e o Dry Cat em Vitória. “Apesar de trabalhar muito, além do bom retorno financeiro, outra vantagem da profissão é estar conectada com pessoas, o que é incrível.”

 

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