Taxa básica de juros subiu de 3,50% para 4,25% ao ano — o maior patamar registrado desde fevereiro do ano passado – antes da pandemia
por Samantha Dias
O Banco Central elevou a taxa básica de juros da economia (Selic) de 3,50% para 4,25% ao ano — o maior patamar registrado desde fevereiro do ano passado – antes da pandemia, quando a Selic estava em 4,50% ao ano.
Para decidir por esse aumento da Selic, o Banco Central considerou o aumento da inflação. Desde março deste ano, o BC está elevando os juros, numa tentativa de controlar a inflação. Desde agosto do ano passado até março deste ano os juros ficaram em seu patamar mínimo histórico (2% ao ano), por causa das preocupações sobre os efeitos da pandemia da covid-19 no Brasil e no mundo. Somente em março teve aumento para 2,75%.
O Banco Central ainda deixou em aberto a possibilidade de um novo aumento da mesma magnitude na próxima reunião, marcada para daqui 45 dias.
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Entenda a relação juros X inflação
Segundo o economista e conselheiro do Corecon, Sebastião Demuner, a taxa Selic rege o mercado nacional e os juros são usados para tentar controlar a inflação. Quando a inflação está alta, o Banco Central eleva os juros para frear o consumo e forçar o mercado a diminuir os preços (lei da oferta e demanda).
“O controle dos juros é uma medida temporária usada pelos governos para controle”, disse Demuner.
O economista Aridelmo Teixeira disse que os juros abaixo da inflação, aliado a uma previsão de desaceleração da inflação e uma expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é bom para o governo federal porque reduz a dívida da União.