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sábado, 27 abril, 2024

Em audiência, senadores cobram saída para crise das aéreas

Representantes do setor brasileiro de aviação compareceram à audiência pública do Senado sobre a crise das cias. no pós-pandemia

A Comissão de Infraestrutura do Senado realizou nesta terça-feira, 5, audiência pública para discutir a crise reclamada pelas companhias aéreas, fenômeno que explicaria questões como os altos valores das passagens e a pouca disponibilidade de voos para a região Norte. Os senadores cobraram a necessidade de apontamentos concretos para a superação das reclamações das empresas. Contudo, a reunião foi encerrada sem encaminhamentos.

O diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ricardo Bisinotto Catanant, iniciou as falas apresentando números do setor na série histórica a partir de 2002, quando o governo deixou de ditar regras regulatórias rígidas como a definição de trechos a serem operados. “Voar até 2002 era restrito, com 38 milhões de passageiros por ano. Atualmente 113 milhões voam pelos números de 2023”, afirmou Catanant.

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No entanto, apesar da popularização, as empresas apontam que seguem trabalhando com prejuízos em suas operações.

A presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro, afirmou que as dificuldades financeiras já eram encaradas há alguns anos, mas pioraram após a pandemia de covid-19. Segundo ela, isso se deu principalmente com o aumento do custo do combustível de aviação. “Qual empresa, tendo passivos como esses, consegue manter linha de investimento para crescimento?”, questionou.

O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) apontou que, além dos preços elevados, o Norte do Brasil está enfrentando pouca oferta de voos. Para o parlamentar, a saúde financeira das companhias que atuam no mercado doméstico tem se mostrado um fator incontornável e, por isso, caberia à Anac apontar um caminho concreto para a atração de novas empresas. “Da forma que está, essa é uma reunião para marcar outra reunião. Não podemos estar aqui novamente em cinco meses para discutir as mesmas coisas”, cobrou Bagattoli.

Na resposta aos questionamentos dos senadores, Jurema Monteiro voltou a destacar que não existe “bala de prata” para a superação da crise no setor. “Não existe ferramenta única, mas a coordenação de ações entre os poderes é fundamental para que tenhamos uma agenda positiva”, disse, ao destacar prioridade para a liberação de linhas de crédito para o setor, o que está sendo discutido atualmente pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).

“Em outra frente, temos a agenda de revisão da estrutura de custos do setor”, disse Monteiro.

Essa agenda, segundo explicou, prevê o debate sobre questões como o barateamento do combustível, a incidência de impostos e regras trabalhistas. “Que todas essas questões sejam discutidas”, afirmou.

Contudo, diferente do que foi cobrado por senadores como Bagattoli, a audiência pública foi encerrada sem encaminhamentos concretos para a solução dos problemas. As falas vão compor um relatório que poderá subsidiar novos debates da Comissão de Infraestrutura. Com informações de Agência Estado

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