Tanto os investimentos em renda fixa quanto variável podem ser uma grande pedida, nesse cenário de queda de juros nos próximos meses.

Por Gustavo Costa

Os meses de dezembro e janeiro normalmente são períodos do ano em que as pessoas dispõe de mais recursos, seja por conta de 13º salário, seja por adiantamento de férias, ou mesmo participação nos lucros de alguma empresa. Por conta disso, sempre podem aparecer dúvidas sobre onde alocar o dinheiro no caso de um investimento.

Quais as melhores oportunidades para se investir nesse momento? Para o assessor financeiro capixaba Victor Radael, é nessa época do ano em que as pessoas têm mais disponibilidade, logo uma reflexão sobre as melhores alternativas, começando por uma análise do perfil do investidor. “Acho que o ponto principal em cima disso é a gente pensar para quem são esses investimentos, qual é o perfil de risco, qual é o perfil desse investidor. Então, para o investidor mais conservador, temos investimentos hoje atrelados à taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano. Existe uma expectativa de ter uma redução ainda nos próximos meses, para o próximo ano a gente já tem expectativa de ver a taxa patamares cerca de 10% ao ano”, explicou ele.

E para o perfil mais conservador, diversas opções  como Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e Certificados de Depósito Bancário (CDB) entre outros. Lembrando que os dois primeiros não pagam Imposto de Renda, já que o governo espera incentivar o crédito nessas áreas. As aplicações de até R$ 250 mil por instituição bancária e por CPF estão garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). 

Renda variável

Já para quem aceita correr um pouco mais de risco, temos a renda variável, que por conta da queda de juros, cria um ambiente favorável para aportes.

Radael enfatiza que um ponto muito importante é que com a taxa Selic caindo e as dívidas das empresas ficando cada vez mais baratas. “O mercado sabe que as empresas hoje estão endividadas – aqui no sentido positivo – e com a taxa Selic mais barata, as dívidas também ficam mais baratas e, por consequência, o resultado dessas empresas são potencializados. Não é à toa que a gente viu a bolsa de valores, com os investimentos em ações, saírem de 110 mil pontos para algo próximo agora a 130 mil pontos. Ou seja, os investimentos em renda variável, para os investidores aqui que são moderados e agressivos, também estão em um momento bem interessante justamente por esse contraciclo”, observou.

Logo, o especialista lista os dois principais cenários com boas oportunidades para quem deseja investir o seu dinheiro. “Na renda fixa, os investimentos aqui atrelados à inflação, com perspectiva de uma redução de juros. E se a inflação estourar, o investidor vai estar com suas aplicações com uma rentabilidade superior à inflação, 6, 7% a depender do prazo. E para um investidor que tem um pouco mais apetite, escolher um pouco os ativos de renda variável”, finalizou.