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domingo, 28 abril, 2024

As conquistas e os desafios da mulher movimentam evento em Vitória

Empresárias, autoridades e estudantes contaram suas histórias no “Mulheres que Inspiram”

Por Gustavo Costa

Troca de histórias, superações e vivências. Esse foi o tom do “Mulheres que Inspiram”, evento realizado pela Petrobras e a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) nesta sexta-feira (8), em celebração do Dia Internacional da Mulher.

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A sede da Petrobras, em Vitória, recebeu cerca de 350 mulheres, de todas as idades. Gestoras, empresárias, autoridades, estudantes. Durante a programação, passado, presente e o futuro das mulheres no mercado de trabalho e na indústria foram abordados, na mesa redonda que contou com a presidente da Findes, Cristhine Samorini; a gerente geral da Unidade de Negócios do Espírito Santo da Petrobras (UN-ES); Eduarda Lacerda; a gerente de Suprimentos da Shell Brasil e fundadora da B Power (rede pela equidade racial da empresa), Denise Santos; e a gerente de Transformação Digital da Seacrest, Fabíola Forza.

Depoimentos e pontos de vista que podem trazer mudanças

O depoimento de Denise Santos foi muito aplaudido, tendo ela contado como precisou vencer preconceitos e desconfiança para conquistar o seu sonho de ser engenheira. “Tive que lidar com muitos estereótipos quando disse que queria ser engenheira. imagina, 30 anos atrás, fazer engenharia era uma opção para os homens. Uma mulher, negra, pobre, querer ser engenheira? ‘Vai trabalhar em borracharia, né?’, eu ouvi na época, além de questões como ‘você está fazendo faculdade? Sua mãe acordando 5 horas da manhã para pegar um trem e sair para trabalhar e você aí estudando? Que falta de respeito, vá trabalhar, fazer uma faxina’. Então foi preciso muita resiliência. Mas meu pai ficou do meu lado. Disse: ‘é o que você quer, minha filha? Então vai’. Eu queria ser engenheira mecânica para cuidar de robôs, era o meu sonho. E fui atrás”, lembrou.

Em outro momento marcante, uma jovem de 18 anos na plateia, que havia acabado de se tornar mãe, perguntou se as grandes entidades e empresas têm algum planejamento para facilitar o acesso de mulheres nessa situação às oportunidades de trabalho. Tanto Cristhine Samorini quanto Eduarda Lacerda responderam positivamente. “Obrigada pelo seu relato. Estamos aqui com diversos colaboradores da equipe, da Federação, com lideranças do setor público. A sua história tem um grande impacto e estaremos olhando isso mais de perto. A gente pode fazer ainda mais e vamos trabalhar nisso. A nossa missão passa por transformar vidas, e não deixaremos ninguém pelo caminho”, frisou Samorini.

Lacerda disse que a questão será levada às discussões na Petrobras. “Olha como um encontro desses pode ser maravilhoso e trazer assuntos tão importantes para nós mulheres. Vamos conversar com o RH, ver o que pode ser feito desde o momento da aplicação das provas para ingressar na empresa. Quando a gente fala de gravidez na adolescência, sempre tem um peso muito grande para a mulher. O homem pode seguir a vida dele normalmente, mas e a menina, que muitas vezes precisa interromper seus sonhos? Como uma moça com um bebê e sem assistência vai se deslocar para fazer uma prova e tentar um futuro melhor?”, se indagou ela.

A gerente da estatal lembrou que existem auxílios para mães, mas a situação das mais jovens também deve ser levada em consideração. “Vamos conversar sobre o que podemos fazer com esse olhar, como, enquanto  máquina empregadora, podemos incluir e progredir. Temos na Petrobras licença-maternidade estendida e possibilidade de trabalho livre, mas faltava pensar também nas mães mais jovens”. analisou.

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