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sábado, 27 abril, 2024

Aplicativos de bancos podem ser extintos

Banco Central planeja expandir o Open Finance, sistema financeiro que deve acabar com a necessidade de o cliente ter os aplicativos das instituições bancárias

Redação da ESBRASIL

Desde que em 1980, nos Estados Unidos, o serviço bancário por computador, o home banking, foi utilizado pela primeira vez, a forma como o cliente se relaciona com a sua instituição financeira vem se modificando gradativamente no planeta. Em 2008, para os brasileiros, houve uma nova mudança, quando o Banco do Brasil lançou o primeiro aplicativo no país e o cidadão passou, a partir de então, por meio do celular, a ter a sua agência bancária nas mãos. Agora, 15 anos depois, os aplicativos podem ter um fim.

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Uma medida anunciada pelo Banco Central (BC) promete alterar de modo significativo a forma como o cliente lida com a sua agência bancária e os seus aplicativos. Segundo o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, a ideia é expandir o Open Finance (sistema financeiro aberto).

O novo modelo vai permitir o compartilhamento de informações financeiras dos clientes, com isso não haverá a necessidade de usuários terem aplicativos de diferentes bancos. A meta é que o cliente utilize um app agregador que vai dar acesso a todas as contas.  Além dos serviços bancários, o Open Finance vai incluir outros sistemas, a exemplo de seguros, casas de câmbio, fundos de previdência e corretoras de valores. Vale ressaltar que esse compartilhamento de informações pode ser encerrado quando o cliente desejar.

“Em algum momento, talvez daqui a um ano e meio ou dois anos, nós não teremos mais um aplicativo do Itaú, ou Bradesco, ou do Santander, e sim um único aplicativo que nós chamaremos de agregador”, afirmou Campos Neto.  Por meio desse aplicativo agregador, o cliente vai administrar as contas bancárias e fazer as suas transações.

Benefícios

Especialistas entendem que um dos principais benefícios do novo sistema é dar mais agilidade aos clientes, que vão poder fazer comparações entre vantagens que os serviços financeiros de diferentes bancos oferecem, como, por exemplo, no momento de contratar seguro, fazer uma previdência ou realizar investimentos em determinado instituição bancária.

Por sua vez, uma corretora ou instituição bancária, de posse das informações compartilhadas do cliente, pode, por exemplo, ao identificar que o cidadão tem um determinado produto próximo ao vencimento, oferecer investimentos e vantagens maiores do que na instituição de origem dele. Portanto, em tese, essa concorrência pode beneficiar o cliente.

Para o economista Vaner Corrêa Simões Junior, esse novo sistema pode trazer outras vantagens para o cidadão, inclusive garantindo mais segurança. 

“Hoje, com o Pix e outros instrumentos financeiros, aumentou a liquidez da economia, as trocas ficaram mais fluídas, até permitindo maior concentração de capital. Então, esse sistema vai ser uma modernização muito além do Pix, destarte, permitindo maior comodismo e transferência de recurso, inclusive, deve reduzir as fraudes. Se vier com modernidade, vai dar maior fruição do dinheiro”, afirmou.

Dados

De acordo com as informações do Banco Central, a Open Finance, apesar de não ser um aplicativo ou site, vai permitir que instituições financeiras compartilharem dados em um único local. Entre essas empresas estão os próprios bancos, além de corretoras de seguros, fundos de previdência, fundos de pensão, entre outras instituições.

De acordo com os especialistas, o que se verifica ao longo das últimas décadas é que as mudanças no sistema bancário estão modificando significativamente o modo como o cidadão lida com as questões financeiras. Um dia o cliente foi dependente da agência para realizar suas transações, depois, com os aplicativos, passou a ter a agência bancária nas mãos, e agora os aplicativos também podem ser extintos. Não há limites para as inovações em todas as áreas do conhecimento humano.

 

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