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sábado, 4 maio, 2024

Ao Congresso, Lula destaca frente ampla e medidas econômicas prioritárias

Lula classificou como “estarrecedor”, diagnóstico sobre o governo Bolsonaro e reforçou indicações prioridades em seu terceiro mandato

Em seu primeiro discurso ao Congresso Nacional, após ser empossado como 39º presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atribuiu sua eleição à “frente democrática” formada durante a campanha e destacou o compromisso de “reconstrução” do País.

O lema foi, inclusive, escolhido para ser a nova marca do governo federal, “União e Reconstrução”, exibida neste domingo, 1.º, no Palácio do Planalto.

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“Se estamos aqui, hoje, é graças à consciência política da sociedade brasileira e à frente democrática que formamos ao longo desta histórica campanha eleitoral”, disse o presidente aos congressistas e convidados, elogiando também o papel da Justiça Eleitoral no pleito presidencial.

Na mensagem, Lula classificou como “estarrecedor” o diagnóstico do gabinete de transição sobre o governo Jair Bolsonaro e reforçou suas indicações sobre quais políticas deverá priorizar em seu terceiro mandato. O combate à fome e à pobreza entraram com destaque no discurso, assim como outras medidas econômicas e sociais, como o “resgate” do papel de bancos públicos, de estatais, a estruturação de um plano de investimentos – o novo PAC – e a retomada do Minha Casa, Minha Vida.

“Buscaremos financiamento e cooperação – nacional e internacional – para o investimento, para dinamizar e expandir o mercado interno de consumo, desenvolver o comércio, exportações, serviços, agricultura e a indústria. Os bancos públicos, especialmente o BNDES, e as empresas indutoras do crescimento e inovação, como a Petrobras, terão papel fundamental neste novo ciclo”, disse Lula.

O petista também mencionou que vai dialogar de forma “tripartite” – governo, centrais sindicais e empresariais – sobre uma nova legislação trabalhista, além de garantir que irá acabar com a “vergonhosa” fila do INSS.

A retomada da industrialização e a instituição de uma política industrial que estimule a cooperação público-privada também entraram na mensagem do presidente, que também ressaltou a bioeconomia e a transição energética e ecológica.

“Nossa meta é alcançar desmatamento zero na Amazônia e emissão zero de gases do efeito estufa na matriz elétrica, além de estimular o reaproveitamento de pastagens degradadas. O Brasil não precisa desmatar para manter e ampliar sua estratégica fronteira agrícola”, disse.

Lula, que reforçou que trabalhará para revogar o teto de gastos, mas ponderou que governou o País no passado com “realismo orçamentário, fiscal e monetário”, buscando estabilidade e “controlando a inflação”. “O modelo que propomos, aprovado nas urnas, exige, sim, compromisso com a responsabilidade, a credibilidade e a previsibilidade; e disso não vamos abrir mão”, afirmou.

Sobre a posição do Brasil no cenário internacional, o petista se comprometeu a retomar a integração sul-americana, a partir do Mercosul e da revitalização da Unasul, mencionando ainda a “reconstrução” de diálogo “altivo e ativo” com os Estados Unidos, a Comunidade Europeia, a China, os países do Oriente e outros atores globais. “Fortalecendo os BRICS, a cooperação com os países da África e rompendo o isolamento a que o País foi relegado”, disse.

Com informações de Agência Estado

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