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sábado, 4 maio, 2024

“Alfabetizar vai além de ensinar ler e escrever”, afirma educador

Educador discute os desafios da alfabetização nos dias atuais

Por Mariah Friedrich

Nesta terça-feira (14) é celebrado o Dia Nacional da Alfabetização, criado em 1966, no dia em que o Ministério da Educação foi fundado (14 de novembro de 1930), para ressaltar a importância da alfabetização.

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A alfabetização é um direito fundamental de todo indivíduo, além de permitir que as pessoas possam desenvolver-se cognitivamente, conquistando sua própria autonomia. “Alfabetizar nos dias de hoje vai além de saber ler e escrever. Precisamos ter a sensibilidade para alcançar essa habilidade tão importante na vida da criança. É preciso ter um olhar sensível para as crianças durante o processo de alfabetização, ensiná-las a enxergar o mundo além das letras e palavras” afirma o diretor escolar da Unidade Vila Velha do Colégio Batista Brasil, Almir Pacheco Scheidegger. 

"Alfabetizar vai além de ensinar ler e escrever", afirma educador
Almir Pacheco Scheidegger é diretor escolar, com expertise no desenvolvimento, implementação e acompanhamento de projetos educacionais – Foto: Acervo Pessoal

De acordo com o Diretor Escolar Almir Pacheco Scheidegger, muitos acreditam que a alfabetização se inicia a partir dos 4 anos de idade, mas esse processo começa desde a gestação. “Na conversa com o neném, na música ao ser cantada, e quando nasce, em leituras de livros, nos primeiros rabiscos, em uma conversa, é preciso ter uma infância cheia de vivências, de possibilidades de experiências, pois tudo isso interfere todo o processo da alfabetização”, comenta Almir Pacheco. 

Entre os os desafios encontrados pelos educadores, o diretor escolar observa que a diversidade das crianças deve ser respeitada para que não vire um impedimento no processo de alfabetização.

“A criança é única, o método que deu certo para um pode não dar certo para o outro, por isso o educador precisa estar sensível a cada particularidade da criança. Estamos no século XXI com modelo de educação do século XIX, no entanto, muita coisa mudou, o ser humano evoluiu e o educador precisa estar acompanhando tudo isso”, considera o Diretor Escolar Almir Pacheco.

Ele define a alfabetização como processo de introduzir novas culturas e o mundo d para que as pessoas se expressem e compreendam a sociedade. “A alfabetização faz parte do processo da vida de um ser humano. A diversidade é uma riqueza em nossa sociedade e é dever de todos garantir que cada criança, independentemente de suas habilidades, tenha a chance de aprender a ler e escrever. Devemos continuar garantindo que todas as crianças tenham igualdade de acesso à educação e às oportunidades que a alfabetização oferece”, defende o diretor escolar.

Entre as melhores práticas para alfabetizar crianças e adultos, o diretor escolar Almir Pacheco compreende que os professores precisam estar em sintonia com toda a turma e possibilitar experiências para um maior conhecimento e aprendizado na alfabetização. “Utilizar diversos tipos de avaliação possibilita ao professor um melhor aproveitamento da aplicação dos conteúdos em sala de aula. A melhor prática é aquela que a criança e o adulto melhor se identificam e cabe ao professor estabelecer isso em sala de aula”, define.

Em relação às novas tecnologias, ele destaca a importância de que sejam um instrumento utilizado em favor do processo de alfabetização. “Conteúdos digitais ricos em letras, jogos, associação de palavras, textos, histórias ajudam a desenvolver o raciocínio lógico e trabalhar diversas habilidades de leitura e escrita”, acrescenta o diretor escolar Almir Pacheco.

Entre os pontos valiosos para a alfabetização que algumas famílias não têm dado tanta importância, o diretor escolar enfatiza a necessidade da comunicação para reforçar o repertório e as habilidades da criança neste processo. 

“Infelizmente as famílias tem conversado menos dentro de suas casas, o diálogo é mínimo e é de extrema importância a oralidade no processo de alfabetização. Cada dia que passa as crianças tem diminuído o repertório de palavras e isso se dá através de experiências e momentos que precisam ser vividos em sua vida. Em um momento de leitura em família, uma conversa na mesa, um passeio como família, estamos no papel de apresentar o mundo para as crianças”, orienta o diretor escolar Almir Pacheco Scheidegger.

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