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sábado, 27 abril, 2024

Acaps comemora consistência no consumo das famílias

O superintendente da Acaps, Hélio Schneider, fala da expectativa dos supermercadistas com relação ao consumo das famílias

Por Amanda Amaral 

O consumo nos lares brasileiros acumulou alta de 2,14% no 1º quadrimestre de 2023. Em abril, o indicador cresceu 1,47% ante março e 2,09% em relação ao mesmo mês de 2022. Nos quatro primeiros meses de 2023, a alta é de 2,14%.

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As informações são do Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros elaborado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Para o superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Helio Schneider, o Espírito Santo está alinhado aos números do indicador.

“No Espírito Santo não muda muita coisa, o Estado segue essa tendência. Tivemos neste quadrimestre um pequeno crescimento. A não ser por uma divergência muito abrupta da economia, de modo geral, no primeiro semestre do ano temos esse aumento, quando não há aumento, há um equilíbrio”, explicou.

O superintendente da Acaps destaca o que influenciou o crescimento do consumo. “Houve uma colaboração muito grande com a baixa do preço de produtos essenciais. É o caso das proteínas de um modo geral. A carne bovina, e aí entra também a carne de frango e suína, tiveram uma desaceleração de preços, o que contribuiu para o consumo das famílias. O próprio óleo de soja, que influencia o preço de derivados como margarina, massas, biscoitos, também teve queda no preço”, comentou.

consumo das famílias
O presidente da Acaps, Hélio Schneider, comenta sobre expectativas para o segundo semestre. Foto: Divulgação

Contudo, a preocupação dos supermercadistas, segundo Hélio Schneider, é com o segundo semestre de 2023. “A expectativa maior é como será daqui para frente. Houve um crescimento, mas a gente espera que a conta seja equacionada. Temos a reforma tributária em tramitação, e o governo está muito forte em não querer perder nada, mas em aumentar tributos. Isso impacta na economia. É a política de governo que vai ditar as regras do jogo daqui para frente. Até agora, a gente não vê nada de concreto. Não dá para ter bola de cristal, mas as perspectivas a grosso modo não estão muito favoráveis. Hoje, não só empresas, mas também as famílias, procuram criar reservas para não ter problemas em um futuro próximo. Lógico, que temos que pensar positivo e que as coisas realmente vão melhorar, mas isso vai depender de ações mais concretas, de equacionar a economia e o consumo realmente aumentar, gerando empregos e renda, inclusive para o próprio Governo, para fecharmos o ano com resultado positivo”, esclarece o superintendente da Acaps.

Injeção de dinheiro

Para a Abras, no semestre, devem movimentar a economia: o novo reajuste do salário mínimo (+1,4%); o reajuste dos salários dos servidores federais (+9%); a restituição do primeiro lote do Imposto de Renda 2023 (R$ 7,5 bi), a ampliação da isenção do imposto de renda para R$ 2.640,00, a antecipação do 13º dos aposentados e pensionistas do INSS devem movimentar a economia.

A entidade destaca ainda a continuidade dos resgates dos recursos do PIS/Pasep em junho, o pagamento de precatórios do INSS, a manutenção dos programas de transferência de renda do governo federal — Bolsa Família e Primeira Infância, e a implantação do Benefício Variável para crianças, adolescentes e gestantes e o pagamento do Auxílio Gás — entre ações que tendem a contribuir para a composição da cesta de alimentos.

Sobre a pesquisa

De acordo com a Abras, todos os indicadores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados.

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