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segunda-feira, 16 DE setembro DE 2024

A relevância do agronegócio

De acordo com os dados do IBGE, dos dez principais produtos agrícolas capixabas, seis estão com previsões positivas de safra anual

Por Pablo Lira

Nos últimos anos a economia do Espírito Santo vem apresentando crescimento acima da média nacional. No 1º trimestre de 2024, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,5% na comparação com o 1º trimestre de 2023, a economia do ES registrou expansão de 3,7%, conforme assinalam as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).

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Além da economia capixaba estar evidenciando um desempenho melhor, também conta com o equilíbrio das contas públicas, combinado com políticas efetivas de desenvolvimento e atração e expansão de investimentos, como o Fundo Soberano, Fundo Cidades, Invest e Compete-ES. Em um raio de 1.200 quilômetros da capital capixaba estão concentrados mais de 70% do PIB nacional e aproximadamente 50% da população do país. Por conta desses e outros condicionantes locacionais, o estado consolidou sua imagem como um porto seguro para a atração e ampliação de empreendimentos.

As estimativas para o fechamento de 2024 são positivas para o PIB do ES. O setor de comércio e serviços, bem como a indústria, estão destacando resultados promissores. O mesmo é observado para a agropecuária. De acordo com os dados do IBGE, dos dez principais produtos agrícolas capixabas, seis estão com previsões positivas de safra anual, com destaque para o mamão, banana, cana-de-açúcar, coco, café conilon e café arábica.

A agropecuária representa 4,5% da economia do Espírito Santo, onde esse setor está estabelecido predominantemente na pequena propriedade familiar rural (IJSN). No Brasil esse percentual é de aproximadamente 5,0%, porém com uma participação mais significativa das grandes propriedades rurais (IBGE).

O agronegócio vai além das atividades primárias da agricultura e pecuária e também considera os agrosserviços, agroindústria, insumos e outras instâncias. As informações do agronegócio exigem a aplicação de metodologias complexas de integração e adaptação de bases de dados e cálculo de indicadores.

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Segundo dados do IJSN e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) da Esalq/USP, em 2010 o agronegócio respondia por 29% e 21% das economias do ES e Brasil, respectivamente. Os dados anualizados de 2024 demonstram que o agronegócio no país manteve a representação de 21% do PIB. O IJSN e a Secretaria de Estado de Agricultura (SEAG) estão somando esforços para atualizar os indicadores do agronegócio capixaba por meio de uma pesquisa interinstitucional. Com base nos bancos de dados mais recentes, é possível assinalar que o percentual de participação do agronegócio na economia do ES continua superando a média nacional.

Na última década, o estado se consolidou um dos maiores produtores de café conilon no mundo e seus municípios apresentaram importantes avanços e potencialidades. Santa Maria de Jetibá, por exemplo, se tornou a cidade maior produtora de ovos do país.

Conceição da Barra passou a se destacar como a capital da cana-de-açúcar. Linhares hoje possui projeção nacional com o agronegócio do cacau. Santa Leopoldina é o município que mais produz gengibre no Brasil. São Gabriel da Palha conta com uma das maiores cooperativas de café do mundo, a Cooabriel.

Nesse sentido, o agronegócio se caracteriza como uma alavanca para o desenvolvimento sustentável do Brasil e Espírito Santo.

Pablo Lira é diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e professor da Universidade Vila Velha (UVV).

*Artigo publicado originalmente na revista ES Brasil 223, de setembro de 2024. Leia a edição completa sobre o Agro Capixaba aqui.

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