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sexta-feira, 26 abril, 2024

A Capital que virou metrópole

Legado deixado pela gestão para Vitória inclui diversas obras e outras melhorias

A pós dois mandatos no Executivo municipal, a gestão que deixa o comando de Vitória este mês concluiu 199 grandes obras e 15 estão em andamento, totalizando cerca de R$ 330 milhões de investimentos nas áreas de infraestrutura, saneamento e habitação,
entre 2013 e setembro de 2020.

Uma das mais importantes é a nova Avenida Vitória, que ficou pronta em tempo recorde, antes do prazo previsto. Foram 10 meses e 25 dias para finalizar o recapeamento em toda a extensão de 2,6 quilômetros, com faixa de ônibus em concreto, uma moderna ciclovia e obras na rede de drenagem. E a avenida ganhou 450 árvores.

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Além de fortalecer o comércio local, as melhorias beneficiaram diretamente cerca de 25.390 moradores de 11 bairros do entorno e 61.638 motoristas que circulam pela via.
Um investimento de R$ 20 milhões, oriundo do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa).

Vitória “ganhou” a nova avenida de presente quando completou 469 anos, em uma cerimônia simples, com bênção ecumênica conduzida pelo arcebispo do Espírito Santo,
Dom Dario Campos, e pelo pastor da Primeira Igreja Batista de Vitória, Doronézio Pedro de Andrade.

Outras obras

A contenção de encostas para evitar deslizamentos de terra em áreas de risco geológico também marcou a atual gestão. A Prefeitura de Vitória vem atuando desde 2013 e já realizou 67 obras, com investimento de R$ 32 milhões.

As obras de contenção foram realizadas em 33 bairros: Moscoso; Fonte Grande; Alagoano; Mário Cypreste; Ariovaldo Favalessa; Gurigica; Consolação; Bento Ferreira; Ilha de Santa Maria; Jaburu; Jesus de Nazareth; Fradinhos; Bairro de Lourdes; Jucutuquara; Joana D’Arc; Santa Martha; São Benedito; Bonfim; Conquista; Comdusa; Santa Tereza; Mangue Seco; Forte São João; Centro; Quadro; Resistência; Romão; Tabuazeiro; Penha; São Cristóvão; Santa Cecília: Mata da Praia e São Benedito.

A Capital que virou metrópole
Ciclovia: A nova Avenida Vitória ganhou ciclovia com 725m de extensão – Foto: Divulgação

Saneamento

A maior obra de drenagem urbana da história da capital foi concluída em 2015: o sistema de macrodrenagem da Grande Maruípe. O empreendimento, recomendado no Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) de Vitória, beneficiou 77 mil moradores em 17 bairros, na maior bacia de drenagem da capital, a Cândido Portinari, que compreende 20% do território da ilha.

Mobilidade urbana

Também na área de mobilidade urbana, a atual gestão deixa um grande legado com a construção de ciclovias, reforma das já existentes e implantação de ciclofaixas e ciclorrotas em vários pontos da cidade. Vitória conta hoje com 69,53 Km de vias dedicadas a ciclistas. Além da recém-inaugurada ciclovia da nova Avenida Vitória, com uma extensão de 725 metros, está concluído o trecho de Santa Lúcia da ciclovia na Avenida Rio Branco e o projeto contempla ainda 1,7 Km com o trecho da Praia do Canto a ser construído.

Metrópole

Um número maior de empresas e instituições sediadas na cidade, atraindo contingentes populacionais muito significativos de outras cidades para acessarem bens e serviços em Vitória. Esses foram os quesitos que fizeram a capital capixaba se tornar uma metrópole.
Além de Vitória, Florianópolis (SC) e Campinas (SP) também passaram à condição de metrópole, segundo a pesquisa Regiões de Influência das Cidades (Regic), com base em dados de 2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As três cidades passaram a figurar entre as atuais 15 metrópoles brasileiras. Com a ascensão de Campinas, único município que não é uma capital estadual, São Paulo se tornou a primeira unidade da federação a ter duas metrópoles.

O gerente de Redes e Fluxos Geográficos do IBGE, Bruno Hidalgo, destacou as atividades econômicas que impulsionaram o alto número de empresas nas novas metrópoles. Ele lembrou que a capital do Espírito Santo abriga o Porto de Tubarão, um dos mais importantes do país, com exportação de minério de ferro. O Estado tem produção de petróleo, siderurgia e celulose.

A Capital que virou metrópole
App: Vitória Online registrou quase 90 mil dowloads – Foto: Reprodução

Online

O aplicativo Vitória Online teve aumento recorde de downloads este ano. Ele foi baixado 89 mil vezes, o que representa 32% a mais do que o total do ano passado, de 67 mil downloads.

Março, primeiro mês da suspensão do atendimento presencial na Prefeitura por causa da pandemia, foi o mês campeão de downloads. Pelo App, é possível quitar dívidas, verificar o horário e itinerário dos ônibus, agendar consultas médicas ou atendimentos nos Centros de Referência em Assistência Social (Cras), fazer rematrícula e chamados no Fala Vitória 156. Além disso, os estudantes da rede municipal têm acesso às atividades escolares.

“A praticidade de ter todos os serviços da Prefeitura na palma da mão foi um grande atrativo para as pessoas durante a pandemia, em um momento em que elas não podiam sair de casa.

Quem experimentou e conferiu que o aplicativo funciona com certeza vai preferir usar o Vitória Online a ter que se deslocar para o atendimento presencial. Por isso, os números crescem a cada ano. Desde 2015, quando o app foi lançado, foram mais de 273 mil downloads, muito acima da nossa meta de 150 mil downloads”, afirmou o secretário de Desenvolvimento da Cidade e responsável pela subsecretaria de Tecnologia da Informação (Sub-TI), Márcio Passos.

Empreendedorismo

O Centro de Apoio ao Empreendedor, serviço vinculado à Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV), movimentou mais de R$ 5,3 milhões em 654 processos de crédito, entre os meses de janeiro e novembro deste ano.

O número representa aumento de 70% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando R$ 3,1 milhões foram movimentados. Somente entre os meses de abril e setembro, foram 8,7 mil atendimentos online no setor de acesso ao crédito.

“A pandemia pegou todos de surpresa, principalmente o microempreendedor, que, na maioria das vezes, não possui uma reserva financeira e depende das vendas para sobreviver. Diante desse cenário, a procura por essas linhas de crédito pelo segmento, com juros abaixo de 1%, aumentou significativamente para atravessar este momento de pandemia”, destaca o diretor-presidente da CDTIV, Leonardo Krohling.


 

A Capital que virou metrópole
“Nós fizemos 200 obras ao longo desse período em toda a cidade” – Foto: Diego Alves

Luciano Rezende

Para 2021, o próximo prefeito terá em caixa recursos da ordem de R$ 1 bilhão

Quais os principais desafios vencidos pela sua gestão?

Um dos principais desafios foi governar a cidade, melhorando a qualidade de vida da população, com um orçamento a menos. Isso porque logo no primeiro dia que assumi o governo, em janeiro de 2013, Vitória perdeu os recursos financeiros do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), uma perda muito grande que equivale a um ano inteiro de arrecadação. Ou seja, governamos quatro anos com três orçamentos. Nós diminuímos de 25 pra 18 secretarias, reduzimos cargos comissionados – eram 1.009 e hoje está por volta de 800 cargos comissionados –, renegociamos contratos para baixo e viemos de lá pra cá cuidando dos recursos da Prefeitura com muito carinho sem aumentar impostos nesses oito anos.

Mesmo assim, nós fizemos 200 obras ao longo desse período em toda a cidade. Algumas obras muito importantes, como por exemplo, a maior intervenção nossa está no bairro Conquista, na Grande São Pedro, com escadarias, corrimãos, abertura de ruas, casas para famílias que moravam em áreas de risco, banheiros. Uma infraestrutura muito grande lá em cima no Alto Conquista.

Outra obra importante é a nova Avenida Vitória. Uma obra elogiada por todos, que terminamos antes do prazo, com uma ciclovia arborizada no meio, moderna, lindíssima, pista de concreto exclusiva para ônibus, nova Drenagem. Enfim, essas obras estão espalhadas por toda a cidade.

A pandemia forçou adiamentos de que projetos?

Muito pelo contrário, com a pandemia, nós implantamos o projeto de atendimento médico por telefone, feito através do Fala Vitória 156, nós modernizamos os serviços da cidade através da tecnologia – dentro do conceito de cidade inteligente – para evitar os deslocamentos das pessoas e as aglomerações.

Para 2021, o próximo prefeito terá em caixa recursos da ordem de R$ 1 bilhão para fazer as obras da Baía Noroeste, que vai do Tancredão até a Ponte da Passagem, beneficiando moradores da Grande Santo Antônio, Grande São Pedro, Joana D’arc, Andorinhas, Mangue Seco e Goiabeiras.

Além da Avenida Vitória que outras obras destacaria?

Bom, já falamos do bairro Conquista, então destaco as obras de contenção de encostas nas partes altas da cidade, que são muito importantes para as famílias de diversas regiões, como bairro Jaburu, Forte São João, Rua Barão de Monjardim e Centro Histórico da cidade. A reforma de todas as ciclovias da cidade, reforma dos deques de toda a orla – indo de Camburi até a região de Ilha das Caieiras e São Pedro – a nova unidade de saúde do bairro Ilha de Santa Maria, a reforma de todos os 14 campos de grama sintética da cidade… são muitas outras obras importantes que realizamos.

A mobilidade urbana ganhou destaque esse ano?

Com certeza. Ela ganhou destaque sendo mudada para um modelo sustentável e o símbolo é a bicicleta. Fizemos uma série de medidas ampliando as ciclovias e ciclofaixas, implantando as ciclorrotas, as bicicletas compartilhadas. Isso mudou a cara da cidade, com as famílias ocupando mais as ruas, as praças e tornando Vitória com um aspecto muito melhor. Este é o futuro.

Adotamo uma série de outras medidas para incentivar o transporte coletivo. Vamos participar da integração do sistema municipal com o sistema metropolitano, tudo isso pra tirar o foco do automóvel e focar no transporte coletivo.

Estamos colaborando também com a implantação no Portal do Príncipe, na entrada sul da cidade, que será totalmente revitalizada.

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