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quinta-feira, 2 maio, 2024

Paulo Pimenta cobra desculpas de Milei a Lula

Em diversas ocasiões, o presidente eleito da Argentina Javier Milei chamou lula de “ladrão”, “corrupto”, “comunista furioso” e “ex-presidiário”

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, afirmou nesta segunda-feira, 20, que o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, deveria “pedir desculpa” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por tê-lo ofendido de “forma gratuita”. O ministro cobrou que uma ligação seja realizada como condição para o início das relações entre os dois governantes.

“Ele tem que pedir desculpa. Ofendeu de forma gratuita o presidente Lula. Cabe a ele um gesto, como presidente eleito, de ligar para se desculpar. Depois que acontecesse isso, eu pensaria na possibilidade de conversar”, disse em evento no Palácio do Planalto.

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Alguns dos ministros mais próximos de Lula, como Paulo Pimenta, fizeram campanha aberta a favor da eleição do candidato peronista Sergio Massa. Eles argumentavam, por exemplo, que a vitória do representante da situação na Argentina fortaleceria o Mercosul.

Durante a campanha presidencial, Milei chamou Lula de “comunista”, disse se recusar a encontrar o petista caso fosse eleito e se referiu ao governo brasileiro como “um regime que não está de acordo com as ideias de liberdade”. “No caso do Lula é mais complicado porque ele tem uma vocação totalitária muito mais marcada. Em outras palavras, ele não é apenas um socialista. Ele é alguém que tem vocação totalitária”, disse em entrevista à revista The Economist.

Não foi a primeira vez que ele xingou o presidente brasileiro. Milei já se referiu ao petista como “ladrão”, “comunista furioso” e “ex-presidiário”. As primeiras críticas são de 2021, quando se fortaleceram os rumores de que Lula seria candidato à Presidência.

A relação entre os dois ficou ainda mais desgastada depois que o Estadão revelou que Lula trabalhou para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse empréstimo US$ 1 bilhão à Argentina, num movimento para fortalecer o candidato governista Sergio Massa. O ainda candidato argentino disse que o petista tentava interferir nas eleições do País.

Na reta final da campanha, o presidente brasileiro disse que o vencedor das eleições argentinas deveria ser um candidato que “goste de democracia e do Mercosul”, no que foi encarado internacionalmente como um recado a Milei. O presidente eleito na Argentina ameaça deixar o bloco econômico sul-americano e é apontado por analistas como o mais novo representante da nova direita no continente. Com informações de Agência Estado

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