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quinta-feira, 2 maio, 2024

Encontro de Economia do ES

Encontro de Economia do ES
Foto: Reprodução/Freepik

Por Arilda Teixeira 

Nos dias 03 e 04 de outubro de 2023 houve o VIII Encontro de Economia do Espírito Santo e do Sudeste.

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As abordagens convergiram para o tripé Água-Alimento-Energia Oportuno para o tipo de encontro, devido ao contexto em que estava inserido; e o tema abordado – Políticas para o Meio Ambiente, e a Efetividade das Políticas Públicas para o Meio Ambiente – necessárias e, principalmente educativas, para um encontro dessa natureza; devido à sua pauta de discussão – Qualidade das Políticas Públicas e Privadas para a Preservação do Meio Ambiente que precisam ser adotadas pelo ES.

Foi muito bem abordado, pelo Prof. Dr. Ednilson Felipe, o papel do tripé Água, Alimento e Energia; para que se constitua uma Política Ambiental capaz de administrar os Recursos Hídricos e, concomitantemente, atender às necessidades da sociedade capixaba; quanto à preservação do meio ambiente.

Ou seja, precisa identificar e controlar potenciais conflitos pelo uso da água na agricultura, e na geração de energia – e atender às metas do Milênio para o Meio-Ambiente.
Mas, por enquanto, pouco ou nada se fez para alcançá-las – conforme indicado nas estatísticas apresentadas.

Pelo que foi apontado pelos expositores, a maior parte dos Agentes Econômicos – Públicos e Privados do ES – desconhece e/ou subestima a necessidade de preservar o meio ambiente para garantir o crescimento e/ou desenvolvimento econômico de uma região.

Uma discussão antiga, que vem sendo mal conduzida, pela maioria dos agentes econômicos brasileiros em geral; e Capixabas, em especial; porque a Economia Capixaba foi o centro da discussão do Encontro.

Cabe lembrar também que, pelo menos desde a 2ª metade do Século XX, Antropólogos, Geógrafos e Sociólogos alertam para os efeitos negativos que ausências e/ou deficiências de políticas para preservação do meio ambiente provocam.

Na 2ª Década do Século XXI os efeitos dessas deficiências apareceram através das mudanças climáticas, e da degradação do meio ambiente – no Brasil, inclusive.
Curiosamente há um lado positivo nessa sucessão de erros deliberados: eles formalizaram a Geografia, Sociologia, e Antropologia nas Ciências Sociais. Até então, havia a impressão de que só a Economia pertencia à área da Ciência Social.

A atenção para com o Meio Ambiente ratificou o papel das três áreas nas Ciências Sociais em que está, inclusive, a Economia.

Agora, sob os efeitos negativos da adoção de uma política ambiental inadequada e/ou deficiente; também sancionada pela conveniência e omissão dos Setores Público e Privado em relação ao meio ambiente; parecem ter despertado para gravidade da situação.

No VIII Encontro de Economia do ES e do Sudestes de 2023, foi dada a dimensão do custo de ter eliminado o volume de águas do lençol freático; e de ter feito uso indevido do solo arável capixaba. Todos, subprodutos de erros de escolhas. Como apontaram as falas dos apresentadores – paira uma ameaça de que grande parte do solo capixaba, antes destinado à agricultura, esteja destruído.

Arilda Teixeira é economista e escreve todas às terças-feiras em ES Brasil

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