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sexta-feira, 26 abril, 2024

Projeto inovador para dessalinização da água

Além de garantir a segurança hídrica, será uma fonte de geração de energia elétrica

A situação hídrica está cada vez mais em questão em vários setores indústrias. Visando a garantir a segurança desse recurso natural, a ArcelorMittal Tubarão lançou um projeto para dessalinizar a água dos mares.

O projeto, que é pioneiro no Brasil, surgiu após uma crise hídrica registrada em 2014, em que o governo solicitou às indústrias que reduzissem os consumos.

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“A ArcelorMittal desenvolveu um Plano Diretor de Águas e passou a utilizar mais águas de recursos sustentáveis. Estamos na vanguarda. O projeto é inovador e trará soluções para evitar novas crises”, disse o CEO de Aços Planos da América do Sul, Benjamin Batista Filho.

A previsão é de que o projeto comece a ser construído ainda neste ano e o investimento é de cerca de R$ 50 milhões. Já a conclusão será em 2021. Com a construção, serão gerados 220 novos postos de trabalho.

Projeto inovador para dessalinização da água
Foto: Divulgação / ArcelorMittal Tubarão

Também serão produzidos até 500m³/h de água. Inicialmente, a água não será utilizada para consumo, apenas para indústria. A planta será instalada próxima às Centrais Termelétricas da unidade e ocupará aproximadamente 6.000 m², o que representa a maior parte de dessalinização do país.

Segundo o vice-presidente de operações, Jorge Luiz Ribeiro de Oliveira, o projeto terá sistemas de captação e bombeamento de água;  pré-tratamento com filtração; dessalinização por osmose reversa;  armazenagem e distribuição da água dessalinizada.

Atualmente, a ArcelorMittal Tubarão utiliza água doce do Rio Santa Maria da Vitória, distribuída pela Cesan, representando 3,5% de água consumida na empresa. Além disso, 97,8% são reutilizados internamente.

Energia elétrica                                                             

Com o processo de dessalinização serão gastos cerca de 3MW de energia elétrica, produzida pela própria ArcelorMittal Tubarão, que é autossuficiente. Isso representa menos de 1% da sua geração total de energia.

O licenciamento ambiental da obra já foi solicitado ao Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). Também estão em andamento o Termo de Referência (TR) e do Plano de Controle Ambiental (PCA).

O vice-presidente de operações afirmou que “o processo não irá gerar impactos ambientais significativos. Essa tecnologia já é utilizada em países como Israel, Espanha, Austrália, Estados Unidos, Argentina, entre outros.”.

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