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sexta-feira, 26 abril, 2024

Número de doadores de órgãos bate recorde no país

O número de doadores de órgãos no país bateu recorde no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 16% na comparação com o mesmo período de 2016. No intervalo 2010-2017, os percentuais são ainda maiores, com elevação de 75%, apontou o Ministério da Saúde.

A expectativa é que até dezembro sejam contabilizados 3.324 doadores de órgãos, o que poderá fazer com que o Brasil ultrapasse a meta prevista para 2017, de 16 para cada grupo de milhão de habitantes. Por conta dessa expansão, a quantidade de transplantes no país também subiu bastante nos primeiros seis meses deste ano, com incremento de 8% em relação ao ano passado.

O médico nefrologista e presidente da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), Roberto Manfro, acredita que o índice poderia ser mais satisfatório se a população tivesse mais acesso à informação sobre as doações de órgãos.

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Número de doadores de órgãos bate recorde no país
Médico nefrologista e presidente da ABTO

“Falar que a doação de órgãos é tabu não é verdade. Hoje em dia, todas as religiões são a favor dos transplantes e não existe malefício relacionado aos transplantes que tenha sido comprovado. O grande problema é a falta de esclarecimento em relação às doações, do que propriamente um tabu. Quando as pessoas são esclarecidas, elas entendem e se posicionam a favor. O diagnóstico de morte encefálica no Brasil é um dos mais seguros do mundo, como exige a legislação, mas tem gente não acredita. Por isso, tem que melhorar a quantidade de informações em todos meios: população, agentes de saúde e classe médica.”

Lista de espera ultrapassa 33 mil

Apesar do crescimento do número de doadores e de transplantes efetivados, a fila de espera por um órgão ultrapassa o número de 33 mil pessoas, segundo dados até setembro de 2017, do Ministério da Saúde.

A maior demanda é por transplante de rim: 21.058. Em segundo lugar, está o transplante de córnea, com 9.683. O grande número de pessoas à espera de um rim decorre do fato de muitas adotarem terapias substitutivas que permitem a elas continuar vivendo enquanto aguardam a doação.

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