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sábado, 27 abril, 2024

Volkswagen Polo Track substitui o Gol, que sai de cena após 42 anos

Para marcar a despedida, a empresa lança o Gol Last Edition, limitado a mil unidades – os detalhes serão revelados nos próximos dias

O ciclo de investimentos que a Volkswagen promete fazer no Brasil entre 2022 e 2026 inclui novos SUVs, bem como o Polo Track, sucessor do Gol. O veterano sai de cena após 42 anos, 27 dos quais na liderança de vendas de automóveis no País, e mais de 8 milhões de emplacamentos.

Para marcar a despedida, a empresa lança o Gol Last Edition, limitado a mil unidades – os detalhes serão revelados nos próximos dias. Já o Polo Track tem motor 1.0 flexível de até 82 cv e 10,3 mkgf, câmbio manual de cinco marchas e tabela de R$ 79.990, a mesma do Gol 1.0 MPI.

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O Polo Track será feito em Taubaté (SP) sobre a plataforma MQB, que dará origem também à nova geração da Saveiro, bem como a um inédito SUV pequeno. Com o fim do Gol e do sedã Voyage, a base PQ24 sobreviverá com a picape, mas só até 2024. Com a adoção da MQB para todos, a VW vai reduzir custos. Além disso, a plataforma antiga não comporta as novas exigências em relação à segurança e conectividade.

Mesmo sendo um carro de entrada, o Polo Track tem vários sistemas de segurança. Há quatro air bags, sendo dois laterais na dianteira. Há, ainda, assistente para partida em rampas, controle eletrônico de estabilidade, sistema Isofix de ancoragem de assento infantil e bloqueio de diferencial.

O hatch vem com ar-condicionado, direção com assistência elétrica, vidros dianteiros e travas elétricos das portas acionadas à distância. No período de pré-venda, a marca vai oferecer um pacote com Bluetooth, volante multifuncional, computador de bordo, entradas USB e antena de teto.

O visual traz grade dianteira nova, maçanetas e capas dos retrovisores pintadas de preto fosco – mesma cor das calotas das rodas de 15 polegadas. Atrás, as lanternas são escurecidas e há difusor de ar na parte superior do espia. As opções de cor são branca e preta (sólidas) e prata e cinza metálicas.

Entre 2023 e 2024, deve chegar o sistema híbrido leve. Essa tecnologia faz parte do plano global da VW para reduzir as emissões. Aliás, a marca foi a primeira a lançar um carro flexível (gasolina e etanol), em 2003. O feito coube justamente ao Gol Total Flex.

História do gol 

O Gol foi lançado em 8 de maio de 1980 com uma tarefa para lá de importante no Brasil: substituir o Fusca, um dos carros mais emblemáticos do mundo. E cumpriu a missão com louvor. Foi o automóvel mais vendido do País por 27 anos consecutivos.

O hatch assumiu a liderança em 1987 e só saiu do topo do ranking em 2014. Atualmente, é décimo carro mais vendido do País e o primeiro da VW.

Porém, nem sempre foi assim. No lançamento, o Gol chamou a atenção pelas linhas que remetiam às do Passat. Mas o motor boxer 1.3 refrigerado a ar era similar ao do Fusca.

A VW queria lançar um modelo mais moderno, espaçoso, bonito e econômico que o Fiat 147. Por isso, o plano inicial era que o Gol tivesse o mesmo motor do Passat. Porém, o quatro-cilindros refrigerado a água era mais caro para fabricar e reparar. Além disso, não havia produção suficiente para atender os dois modelos.

Por ser instalado na dianteira – área bem mais ventilada -, e ter nova ventoinha, o boxer não precisava de radiador de óleo. Curiosamente, um saquinho plástico protegia o distribuidor de umidade. Como várias alterações, ficou 14 kg mais leve que o do Fusca e gerava 50 cv, um ganho de 4 cv.

Porém, o desempenho não chegava a empolgar. No ano seguinte, o boxer 1600, também a ar, deu fôlego ao Gol. A coisas melhoraram em 1984, com o lançamento da versão esportiva GT com o 1.8 do Santana.

Em 1985, com a aguardada chegada do 1.6 do Passat e uma reestilização que inclui faróis maiores e o reposicionamento das luzes de seta, as vendas dispararam. Em 1989, o Gol GTI marcou a estreia do primeiro carro brasileiro com injeção eletrônica de combustível. Com motor 2.0 de 120 cv, era o sonho de consumo de 11 de cada dez fãs de carro no País.

Família

Logo após iniciar as vendas do Gol, a Volkswagen já estava praticamente pronta para lançar os outros membros da família. Assim, em maio de 1981 a marca iniciou a produção do Voyage. O nome francês sugeria que o sedã destinava-se a viagens familiares.

E o modelo trazia um bom trunfo. Seu motor 1.5 refrigerado a água – o mesmo que havia sido negado ao Gol – tinha 78 cv e garantia agilidade ao carro, que era cerca de 40 kg mais leve que o Passat. O Voyage já chegou com os piscas ao lado dos faróis e era 27 cm mais comprido que o Gol.

No ano seguinte, a Volkswagen lançou a Parati e a Saveiro, como parte da linha 1983. A perua trazia o mesmo motor 1.5 do Voyage. Nos anos 1980, ninguém falava em SUVs e as peruas faziam muito sucesso. Porém, seu porta-malas, com capacidade de 620 litros, não era o maior da categoria. O da Chevrolet Marajó tinha 469 l e o da Fiat Panorama, 669 l por.

A Parati foi o primeiro VW feito no País a oferecer rodas de liga leve entre os opcionais. E, além de famílias, também conquistou a clientela jovem. Não por acaso, ao longo de sua trajetória a perua teve várias versões e séries especiais alusivas a esse público, como Surf e Track & Field. Ela foi feita por 30 anos e saiu de cena em 2012 para abrir espaço para a SpaceFox, que era derivada do Fox.

Diferentemente do Voyage e da Parati, a Saveiro chegou com o motor boxer 1.600 do Gol. A primeira geração tinha capacidade para levar 570 kg e só passou a vir com motor 1.5 a água apenas em 1985. A partir daí, a picape vem acompanhando a evolução do hatch e permanece em linha até hoje. (Colaborou Diogo de Oliveira)

Com informações Agência Estado

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