Dado se refere ao mês de dezembro e foi levantado pelo Índice FipeZap, que acompanha preços de imóveis residenciais e comerciais em 50 cidades
Por Marco Antonio Antolini
O Índice FipeZap apontou que, em dezembro do ano passado, Vitória foi a capital que teve o imóvel com o metro quadrado mais caro do país, cujo valor foi de R$ 10.877/m². Em segundo lugar aparece Florianópolis, em Santa Catarina, com o valor de R$ 10.786/m²; São Paulo – SP (R$ 10.676/m²); Rio de Janeiro – RJ (R$ 9.988/m²) e Curitiba – Paraná (R$ 9.092/m²).
Entre as cidades que não são capitais, Vila Velha aparece entre as 10 primeiras do País, ocupando a 8ª posição e o preço do imóvel é de R$ 8.239/m². O valor está acima do praticado em capitais famosas do Brasil, a exemplo de Recife (R$ 7.601/m²), em Pernambuco; Fortaleza (R$ 7.169/m²), no Ceará; Goiânia (R$ 7.096/m²), em Goiás, entre outras.
O índice FipeZap acompanha os preços de imóveis residenciais e comerciais com abrangência nacional. A Análise em dezembro de 2023, com base nos preços de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras, registrou aumento de 0,29%, desacelerando em relação a outubro (+0,54%) e novembro (+0,37%).
Bairros
Dentre os bairros da capital, o que possui o maior preço por metro quadrado é a Enseada do Suá, cujo valor é R$ 13.895 /m². Depois aparecem Mata da Praia (R$ 12.403 /m²), Barro Vermelho (R$ 12.333 /m²), Praia do Canto (R$ 11.983 /m²), Santa Luiza (R$ 11.403 /m²), Jardim Camburi (R$ 9.398 /m²), Bento Ferreira (R$ 8.869 /m²), Jardim da Penha (R$ 8.836/ m²), Santa Lúcia (R$ 8.764 /m²) e Centro (R$ 2.970/ m²).
O índice Fipe Zap mostrou ainda que, desses 10 bairros de Vitória, Bento Ferreira teve a maior valorização dos últimos 12 meses, subindo 15,4%, seguido pelo Centro, 13,7%. Somente a Mata da Praia e a Praia do Canto tiveram desvalorização, de -1,9% e -0,8%, respectivamente.
No Brasil, o bairro que possuiu o maior preço por metro quadrado é o Leblon, no Rio de Janeiro, cujo valor em dezembro foi de R$ 22.544 /m², seguido por Ipanema, R$ 21.348 /m², no mesmo estado.
Ressalvas
Apesar dos índices otimistas em relação a Vitória e a Vila Velha, Eduardo Borges, diretor de Economia e Estatística do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES), destaca que é preciso observar os números com cautela.
Ele ressalta que o índice FipeZap pode levar a uma análise superficial da valorização imobiliária por não levar em consideração as diferenças entre o desenvolvimento de Vitória e de outras grandes capitais. Ele afirma ainda que a pesquisa analisa anúncios divulgados e isso pode ser pouco abrangente.
Segundo Eduardo Borges, os dados mostram uma alta valorização de Vitória e Vila Velha nos últimos dois anos e uma certa estabilização de preços em 2023.
“Percebemos que houve uma redução na velocidade do aumento de preço, porque as duas cidades vinham de dois anos de aumento muito alto. A valorização de Vila Velha talvez tenha vindo muito na esteira de Vitória, já que o preço do metro quadrado da cidade, de uma certa forma, é nivelado ou definido por uma demanda que dificilmente supera os preços da capital”. (Com informações da Assessoria de Comunicação do Sinduscon-ES).