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quarta-feira, 1 maio, 2024

Varejo sobe 0,8%, no melhor março em 5 anos

No primeiro trimestre de 2023, o volume do comércio varejista cresceu 2% ante o quarto trimestre de 2022

O comércio varejista encerrou o mês de março com expansão. O volume vendido cresceu 0,8% em relação a fevereiro, melhor desempenho para o mês desde 2018, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado superou as estimativas mais otimistas de analistas do mercado ouvidos pelo Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que esperavam desde uma queda de 1% a alta de 0,5%, com mediana negativa de 0,2%.

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No primeiro trimestre de 2023, o volume do comércio varejista cresceu 2% ante o quarto trimestre de 2022, o melhor resultado desde o segundo trimestre de 2021. O comércio varejista ampliado registrou elevação de 3,7% no primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre de 2022.

No varejo ampliado – que agora inclui atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício – houve elevação de 3,6% nas vendas em março ante fevereiro.

“O índice ampliado teve outro forte aumento e foi uma surpresa positiva, na esteira de uma forte performance das vendas de veículos. À frente, esperamos que a atividade do varejo volte a uma tendência de performances mornas”, avaliou o economista Gabriel Couto, do Santander Brasil, em relatório. O banco informou que seu modelo de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) passou de uma alta de 1% para 1,1% no primeiro trimestre deste ano.

Apesar da melhora no curto prazo, Couto reitera a projeção de crescimento de 1% para o PIB de 2023, devido à previsão de desaceleração da demanda e dos setores cíclicos de atividade econômica, com a esperada recessão global e a política monetária contracionista no País.

Especialista alerta para desaceleração do comércio

Apesar do resultado positivo em março, a perspectiva permanece sendo de desaceleração do comércio varejista, principalmente pelas condições de crédito mais apertadas, apontou a economista Isabela Tavares, da Tendências Consultoria. “O cenário se mantém negativo para o consumo, com desaceleração nas concessões de crédito e inadimplência alta.” A Tendências manteve a projeção de 1% para o PIB de 2023.

Segundo Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio no IBGE, o resultado positivo está muito focado em algumas atividades, como equipamentos de informática e artigos farmacêuticos.

“A base de comparação também está mais baixa. Houve quedas em novembro e dezembro de 2022. Natal foi ruim, Black Friday ruim, teve promoções em janeiro”, completou.

Embora o crédito para pessoa física e a massa de renda do trabalho tenham recuado, a inflação deu uma trégua, e a desvalorização do dólar ante o real ajudou algumas atividades varejistas, como a de equipamentos de informática, afirmou Santos.

Com informações Agência Estado

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