O cansaço físico e emocional tem estado cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, principalmente, devido às mudanças nos estilos de vida
Por Paula Bourguignon
Durante a pandemia, por exemplo, a casa virou extensão do trabalho. Milhares de pessoas descobriram o que era “Burnout”, ou seja, uma forma de esgotamento profissional, e passaram a relatar o problema.
Os transtornos mentais incluem não apenas atributos individuais, como a capacidade de administrar os pensamentos, as emoções, os comportamentos e as interações com os outros, mas também os fatores sociais, culturais, econômicos, políticos e ambientais.
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As principais causas são:
- Não respeitar horários de entrada e saída do trabalho;
- Isolamento e falta de integração entre os membros da equipe;
- Prazos de entrega que não são factíveis;
- Chefes abusivos;
- Aumento da carga de trabalho sem recompensas claras;
- Insegurança quanto a estabilidade no emprego;
- Falta de clareza sobre os objetivos da equipe e empresa.
Os sintomas mais comuns são: dor de cabeça, cansaço, sudorese, palpitação, dores musculares, insônia, distúrbios gastrintestinais, por exemplo.
Em uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, 86% dos entrevistados registraram sintomas de ansiedade, 45,5%, de estresse pós-traumático, e 16%, de depressão, entre 2020 e 2021.
Mas o problema não é de hoje, tampouco se restringe aos adeptos do home office. Para quem trabalha fora, as horas no trânsito e a falta de tempo para estar com a família, para o lazer e até mesmo para dormir têm levado as pessoas a níveis graves de exaustão.
“Existem muitos fatores que são reflexos da pandemia. Acho que tudo que estamos vivendo é efeito e consequência dela ainda. As pessoas realmente têm buscado mais se tratar e se cuidar, acho que em virtude da própria sociedade falar mais abertamente sobre saúde mental e bem-estar. Isso também nas empresas, organizações, com líderes e gestores, abordando o tema e desmitificando isso de conseguimos passar por todos os problemas sozinhos, como quadros de ansiedade e depressão”, disse a psicóloga Caroline Turatti.
Tratamento
O tratamento é muito semelhante com a prevenção. Para evitar o esgotamento, precisamos cuidar do nosso bem-estar, fazer atividades que relaxem a mente, exercícios físicos, dormir bem, e se desconectar daquilo que está desgastante sempre que possível.
“Importante procurar um profissional quando as suas emoções estão intensas e você não consegue identificar e sair disso. Além disso, começa a encontrar alguma dificuldade no trabalho, não ter um bom rendimento e fica desanimado. Se você não está como antes, é preciso o cuido e a devida atenção”, explica a psicóloga.
Algumas dicas:
- Aumentar o convívio com amigos;
- Fazer atividades relaxantes;
- Praticar exercício físico regularmente;
- Reservar um tempo maior para o descanso e para o lazer;
- Definir um hobbie durante a semana;
- buscar transformar suas atividades diárias no trabalho.