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sábado, 27 abril, 2024

Ano mais quente da história impacta setor produtivo do Espírito Santo

Agência europeia do clima afirmou que 2023 teve as temperaturas mais altas nos últimos 100 mil anos.

Por Marco Antonio Antolini

O ano de 2023 foi o mais quente desde 1850, quando tiveram início as análises meteorológicas. A temperatura global média foi de 14,98°C.  Os cientistas suspeitam que foram as temperaturas mais altas dos últimos 100 mil anos, portanto, o mais quente da história da humanidade.  Os dados foram divulgados nesta terça-feira (09/01) em um relatório do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), a agência europeia do clima.

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Outra informação que preocupa os cientistas é que, de acordo com os dados da Copernicus, 2024 poderá ser ainda mais quente do que o ano passado. Aqui no Espírito Santo, de olho nessa situação, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) informou que decidiu, por enquanto, manter o “Estado de Alerta”, uma resolução que foi publicada no dia 8 de dezembro de 2023. A situação foi estabelecida em função da falta de chuvas e da queda na vazão dos rios.

O Estado de Alerta define uma série de medidas restritivas no consumo de água que deve ser adotada por empresas, órgãos públicos e outras instituições, com impactos no setor produtivo do Espírito Santo. Em relação ao setor industrial, por exemplo, a resolução da agência determina a adoção de medidas de reuso, reaproveitamento e reciclagem de água e suas unidades fabris, visando à redução do consumo. 

Na agricultura estabelece que os produtores devem adotar o período noturno para a irrigação dos cultivos e ampliar o uso racional da água para a redução do consumo.  Recomenda também que sejam suspensas as operações para a implantação de novos sistemas de irrigação ou para a ampliação de sistemas já existentes. Clique (Aqui) para ver a resolução completa.

Vazão

As últimas informações da Agerh, referentes ao início deste ano, apontam que no Rio Jucu, por exemplo, a vazão média mensal de longa duração que é de 38.953,74 litros por segundo está em 21.686,50 litros por segundo. Já no Rio Santa Maria, a situação é mais crítica, pois passou de 23.857,08 metros por segundo para 10.934,10, portando, menos da metade.

No Rio do Doce, a média mensal de longa duração que é de 1.808,8 (M³/S) está atualmente em 562,2 (M³/S), também menos da metade.  O Rio São Mateus passou de 163,1 (M³/S) para 29,8 (M³/S); o Rio Guandu, de 43,4 (M³/S) para 15,8 (M³/S); Rio Benevente, de 12,6 (M³/S) para 7,1 (M³/S); e no Rio Itapemirim a vazão média mensal de longa duração passou de 150,6 (M³/S) para 133,4 (M³/S). Esses rios abastassem praticamente todas as cidades do Espírito Santo.

Chuvas

As chuvas no Espírito Santo, principalmente de dezembro, trouxeram um alento, mas a situação do clima preocupa. “A Agerh e as instituições integrantes do Sistema Alerta ES continuam acompanhando o quadro hidrológico estadual e a Agência poderá estabelecer novas medidas em consequência das chuvas que vêm ocorrendo nos últimos dias, principalmente na região Sul e Serrana do Espírito Santo”, esclareceu o órgão. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Agerh).

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