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sexta-feira, 29 março, 2024

PSDB quer garantir presidência da Câmara em 2017

Aécio afirma que o PSDB pode abrir mão de concorrer a presidência da Casa agora em troca do apoio do governo Temer para comandar a Casa nos próximos dois anos.

Em meio a disputadíssima vaga para presidir a Câmara dos Deputados, após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB/RJ), já afastado desde maio do cargo por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), declarou que o foco das decisões esta na “governabilidade”, mas não deixou de citar a “reciprocidade” para justificar a declaração de que o partido pode deixar de lançar candidato à sucessão de Cunha agora, desde que tenha “protagonismo” nos próximos dois anos.

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E para o PSDB, isso significa contar com o apoio do governo Michel Temer para comandar a Casa em 2017 e 2018. Durante entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado, o senador tucano avaliou que esse acordo é importante para se aprovar as reformas. “Interessa ao governo Michel ter um acordo programático e mais sólido e passa por uma reciprocidade. Vejo disposição do governo em relação a isso”, disse Aécio. 

Ele admitiu que é preciso ter “atenção” em relação aos partidos do Centrão, que ganharam espaço político na gestão Temer e que devem lançar candidatos. “É absolutamente possível manter o apoio com esse grupo político sem desprezar a relevância de ter apoios de partidos sintonizados com a sociedade como é o caso do PSDB”, afirmou. Segundo Aécio, o “sentimento” no PSDB é de apoiar a cassação de Cunha e afirmou não acreditar num acordo de Temer para salvar o mandato do peemedebista. “Ele não cometeria um equívoco primário”, afirmou o senador que também é investigado na Operação Lava Jato. 

Em fevereiro do próximo ano, quando haverá renovação das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, a preocupação é que o PMDB não tenha hegemonia da agenda do Congresso e não ocupe os dois principais cargos da linha sucessória da Presidência da República, que também pode ficar com o partido caso o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff seja aprovado no segundo semestre. E entre os cotados para o mandato-tampão até o ano que vem, está o líder do partido na Câmara dos Deputados, Antônio Imbassahy (BA). 

Governo

Sobre o apoio ao governo Temer, Aécio alertou para os “sinais trocados e preocupantes” na condução da economia às vésperas de completar dois meses da gestão e alertou que não há um apoio “cego” do PSDB à gestão do peemedebista na Presidência. 

Em meio à grave crise das contas públicas, criticou o fato de que, ao mesmo tempo em que o governo anunciou uma meta fiscal extremamente rigorosa, cedeu a pressões para conceder reajustes ao funcionalismo público. “Ele (Temer) teve o mérito de montar uma equipe econômica qualificada, mas esses sinais trocados foram o ponto negativo nesse início de governo. Há tempo para corrigir ainda? Espero que sim. Nós apoiamos por responsabilidade com o País, mas não apoiamos cegamente”, afirmou o tucano.

Para Aécio, a partir de agosto, passada a votação do impeachment da presidente afastada, será o momento crucial para o governo tomar medidas de contenção de despesas, como a reforma da Previdência. “Será o momento de colocar em prática a agenda de reformas estruturais que ele sempre nos garantiu que faria”, disse o tucano, incluindo as reformas trabalhista e política na lista. 

Informações: jornal O Estado de S. Paulo

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