Mesmo tendo enfrentado as instabilidades nacionais, Estado fez o maior volume de investimentos da sua história e permaneceu com as contas no azul
O ano de 2023 começou com incertezas em relação à economia do país em função de um novo presidente da República e de fatores externos. O cenário internacional era complexo, com economias de vários países ainda cambaleantes após a pandemia, inflação e juros em alta, expectativa de baixo crescimento e uma guerra na Europa.
Nesse contexto, as projeções dos especialistas para o Brasil eram de um crescimento próximo de 1% no ano, percentual que subiu para cerca de 3% com a proximidade de dezembro.
No âmbito social e político nacional, o país convulsionava ante os assombrosos atos do 8 de janeiro e seus efeitos, ambos jamais vistos desde a chamada “redemocratização” do Brasil. Somava-se a isso a insegurança trazida pelas expectativas quanto ao sucesso da condução econômica do novo Governo, bem como às mudanças no direcionamento político sob novo viés ideológico.
No Espírito Santo, entretanto, o panorama era oposto: o governador Renato Casagrande iniciou o seu terceiro mantado à frente do executivo estadual, o segundo consecutivo, trazendo estabilidade e confiança para os empreendedores e a sociedade.
Os principais desafios, programas e projetos que comporiam a carteira do Governo do Estado para o período 2023-2026 foram apresentados já no dia 20 de março. O planejamento foi organizado com a participação de secretários, dirigentes de órgãos, gerentes e equipes de todas as áreas do governo estadual em torno de três eixos e sete áreas estratégicas. São 74 desafios, 26 programas e 262 projetos com a estimativa de 11.215 entregas e 180 indicadores estratégicos para o período.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES), Claudeci Pereira Neto, a economia capixaba, em 2023, apresentou um ritmo de crescimento maior que a média nacional e a taxa de desemprego do estado reduziu significativamente, tornando-se uma das menores dentre os estados da federação.
“Tais conquistas se devem aos investimentos privados, atraídos pelas oportunidades e pelo bom ambiente de negócios do estado, e aos investimentos públicos, principalmente do governo local, que conseguiu há alguns anos equilibrar as finanças públicas e assim obteve fôlego para investir em diferentes áreas sociais e de infraestrutura”, afirmou Claudeci.
A economista-chefe da Findes, Marília Gabriela da Silva, avaliou que a inflação mundial foi um grande desafio em 2023 e que o Espírito Santo foi impactado por esse fator, considerando a relação comercial do estado com o mundo.
“Em 2023, na maior parte dos meses, o estado repetia o padrão do último ano, ao continuar registrando uma balança comercial deficitária. No entanto, nos últimos meses do ano, e com base nos dados disponíveis faltando pouco tempo para o encerramento, a balança comercial capixaba reverteu o resultado negativo e passou a registrar um saldo positivo, refletindo melhoras pontuais nos preços das importações e nos preços e qualidade das exportações”, afirmou a economista na publicação “200 Maiores e Melhores Empresas – Espírito Santo – 2023”.
Na avaliação do diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira, é importante registrar os avanços no cenário nacional que impactaram todo o país, assim também no Espírito Santo. Nessa lista estão o controle da inflação, a redução dos juros e a progressão do debate acerca da Reforma Tributária.
Já chegando ao fim de 2023, no dia 7 de dezembro, o governador Renato Casagrande avaliou o desempenho da sua administração este ano. Nesse dia, ele anunciou investimento de R$ 1,5 bilhão em novas obras rodoviárias e de edificações em 32 municípios capixabas. “Se errarmos na condução do governo, todo mundo pisa no freio e para de investir. Por isso, quando se tem um Estado organizado, as pessoas e os empreendedores sentem segurança para investir, gerando mais empregos e renda. Os resultados deste ano foram extraordinários.
Muita gente achou que iríamos pisar no freio, mas pisamos no acelerador e fizemos o maior investimento da história do Espírito Santo. Podemos ultrapassar a marca dos R$ 12 bilhões em investimentos”, afirmou Casagrande.
Confira também
Indústria
Comércio e serviços
Agronegócio, Cooperativismo, Emprego
Fatos que marcaram 2023 parte 1
Fatos que marcaram 2023 parte 2
Fatos que marcaram 2023 parte 3
