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sábado, 27 abril, 2024

‘Renascimento Italiano’ é protagonista na disputa por vagas na final

Com Inter e Milan nas semifinais da Liga dos Campeões, a Itália volta a ter dois representantes nessa fase pela primeira vez desde 2002/2003

A disputa pelas duas vagas em Istambul, para a decisão da Liga dos Campeões desta temporada, tem duas narrativas bem definidas. O cruzamento do mata-mata e o sorteio realizado pela Uefa, ainda no ano passado, resultou em um reencontro entre Manchester City e Real Madrid, um ano após a semifinal de 2021/2022, e no “Renascimento Italiano”, com o clássico entre Milan e Inter de Milão.

A Itália viveu momentos de crise no futebol na última década. Sem nenhum título da Liga dos Campeões no período – o último foi da Inter, ainda na temporada 2009/2010 -, a única representante a nível continental foi a Juventus, finalista em 2015 e 2017. No Italiano, a equipe de Turim também dominou, sem concorrência, sendo campeã entre 2012 e 2020. Mas desde a virada da década, a história mudou.

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Nas últimas quatro edições do Campeonato Italiano, quatro times conquistaram o scudetto: Juventus, em 2019/2020; Internazionale, em 2020/2021; Milan, em 2021/2022; e Napoli, campeão antecipadamente neste ano. O resultado também reflete na seleção nacional: ausente nas Copas do Mundo de 2018 e 2022, conseguiu ser campeã da Eurocopa na edição de 2020 e inicia um processo de reconstrução sob o comando de Roberto Mancini.

Após o sucesso a nível local, o próximo objetivo foi alcançado: se recolocar como um dos países protagonistas na Europa. Com Inter e Milan nas semifinais da Liga dos Campeões, a Itália volta a ter dois representantes nessa fase da competição pela primeira vez desde 2002/2003. Na ocasião, Milan e Inter, assim como neste ano, fizeram uma das semifinais, enquanto a Juventus enfrentou o Bayern de Munique no outro lado do chaveamento.

Esse novo “Renascimento Italiano”, assim como o movimento artístico e cultural que se estendeu por diversas partes da Europa, tem como protagonistas, além dos jogadores, os comandantes. Dos quatro semifinalistas, três são comandados por treinadores italianos. Simone Inzaghi, da Inter, Stefano Pioli, do Milan, e Carlo Ancelotti, atual campeão da Liga dos Campeões pelo Real Madrid.

“Superamos uma fase de grupos muito difícil e estivemos unidos para conseguir isso. Trabalhamos para viver noites como esta, que a Inter não tinha há muitos anos”, afirmou Inzaghi, após a classificação às semifinais diante do Benfica. Desde 2010, quando foi campeã, a equipe não chegava a esse estágio da competição. O mesmo vale para o Milan, que dominou o futebol europeu no início dos anos 2000, mas também não chegava às semifinais desde 2007, quando foi campeão sobre o Liverpool.

Pioli, de auxiliar, transformou o futebol da equipe. Com Rafael Leão, revelação portuguesa, e Giroud, experiente centroavante, dominou o Napoli, campeão italiano, nas quartas de final. A imprensa internacional, inclusive, considerava a equipe do sul da Itália como favorita para avançar na competição. É o trabalho mais longevo do treinador no comando de uma equipe – iniciou sua carreira em 1999, nas categorias de base do Bologna.

Inzaghi, por sua vez, iniciou em 2021 um novo desafio em Milão. Após cinco anos na Lazio, aceitou o convite da Inter para comandar o clube após a saída de Conte, campeão italiano. Em duas temporadas, conquistou a Copa da Itália no último ano e recolocou a equipe entre os protagonistas da Europa em sua segunda temporada.

Além de Milan e Inter, o sucesso recente da Itália se reflete nas demais competições europeias. Campeã da Liga Conferência em 2022, a Roma está nas semifinais da Liga Europa nesta temporada. A Fiorentina busca repetir o feito da equipe de José Mourinho e enfrenta o Basel nas semifinais da Liga Conferência.

Com informações Agência Estado

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