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quinta-feira, 2 maio, 2024

PT confirma João Coser como pré-candidato em Vitória

Diretório municipal do Partido dos Trabalhadores homologou candidatura de Coser ao Executivo da capital

Por Robson Maia

Na noite da última quinta-feira (26), o diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou o deputado estadual e ex-prefeito João Coser como pré-candidato à Prefeitura de Vitória em 2024. O parlamentar capixaba concorrerá ao Executivo da capital contra o atual gestor, Lorenzo Pazolini (Republicanos).

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A candidatura de Coser já vinha sendo analisada por especialistas políticos e, com a confirmação oficial, amplia o desenho da disputa eleitoral em Vitória no próximo ano. Recentemente, o Psol confirmou a pré-candidatura da deputada estadual Camila Valadão à Prefeitura, enquanto o PSB confirmou o deputado estadual Tyago Hoffmann como pré-candidato da legenda. Movimentos políticos recentes indicam uma possível candidatura do ex-prefeito e presidente do PSDB, Luiz Paulo, ao cargo.

Coser foi prefeito da capital por dois mandatos, em 2005 e 2012. Em 2020, o petista foi derrotado por Pazolini em uma disputa de segundo turno. Na ocasião, o candidato eleito do Republicanos obteve 102.466 voto, cerca de 58%, enquanto Coser conquistou 72.684 votos (43%). Naquele ano, especialistas consideraram o número de abstenções como determinante para a vitória de Pazolini, sendo cerca de 65.740 (26,14%) eleitores.

O pré-candidato comentou sobre o cenário político na capital e destacou sobre os projetos a serem desenvolvidos na próxima legislatura.

“Vitória é o centro metropolitano, mas perdeu papel político, perdeu papel econômico, não se relaciona com o Governo do Estado nem com o Governo Federal. Cariacica, Viana, Vila Velha, Serra, todos os municípios da região metropolitana têm avançado e nós parados, ficando para trás”, lamentou Coser.

“Quero restabelecer a esperança do nosso cidadão de que nossa cidade pode, sim, voltar a ser protagonista. Uma Vitória que escuta todos os seus moradores e cuida de cada um, sem distinção de raça, credo e ideologia política, para que todos e todas tenham condições de realizar seus sonhos aqui. Vitória precisa sair do ostracismo e voltar a ser espelho do Espírito Santo para o Brasil”, finalizou.

Coser comentou também nas redes sociais sobre a pré-candidatura oficial.

“Confirmo com muita alegria minha pré-candidatura a prefeito de Vitória. A indicação do meu nome foi homologada por unanimidade na reunião do Diretório Municipal do @ptbrasil ontem. Assumo com muita motivação o compromisso de defender o projeto que temos de reconstrução da cidade”, escreveu o ex-prefeito.

“Vitória precisa sair do ostracismo e voltar a ser espelho do Espírito Santo para o Brasil. Nossa gente precisa voltar a ser feliz!”, completou.

Pesquisa aponta Pazolini na liderança

O atual prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) lidera as pesquisas de intenções de votos na disputa eleitoral pela Prefeitura de Vitória em 2024. O levantamento divulgado em setembro pelo Paraná Pesquisas mostrou que o chefe do Executivo tem a preferência de 33,1% dos eleitores entrevistados na capital.

O levantamento foi realizado na capital capixaba entre os dias 14 e 17 de setembro. A empresa de pesquisas ouviu 720 eleitores seguindo os critérios do estudo. O grau de confiança do estudo é de 95%, com margem de erro de aproximadamente 3,7 pontos percentuais.

Pesquisa aponta atual prefeito Lorenzo Pazolini como favorito à reeleição com 33,1% dos votos
Pesquisa aponta atual prefeito Lorenzo Pazolini como favorito à reeleição com 33,1% dos votos

No primeiro cenário, em que são levados em conta apenas os nomes que confirmaram a pré-candidatura, Pazolini aparece com 33,1%, à frente do ex-prefeito e atual deputado estadual João Coser (PT), que possui 20,4% das intenções de voto. Distantes, aparecem Capitão Assumção (PL), com 11%, a deputada estadual Camila Valadão (Psol), com 9,2%, o ex-prefeito Luiz Paulo, com 9%, e Tyago Hoffmann, com apenas 1,4%. 9% declaram intenção de voto nulo, branco ou nenhum, enquanto 6,1% não soube responder.

No segundo cenário, em que foram considerados nomes que não confirmaram candidatura, o ex-prefeito Luciano Rezende (Cidadania) aparece na terceira posição, com 11,7% dos votos. Confira abaixo:

Luciano Rezende (Cidadania) aparece na terceira posição, com 11,7% dos votos
Luciano Rezende (Cidadania) aparece na terceira posição, com 11,7% dos votos

A pesquisa do Paraná Pesquisas mostrou também que o petista João Coser tem a maior rejeição entre os pré-candidatos ao Executivo da capital. O ex-prefeito teve o nome desaprovado por 28,3% dos eleitores. Capitão Assumção (24,7%), Lorenzo Pazolini (18,8%), Camila Valadão (14,7%) e Luciano Rezende (12,1%) completam a lista.

Analista reforça estágio inicial da corrida eleitoral

Para o analista político André Pereira, as pesquisas iniciais podem servir como indicativo, mas não necessariamente refletem o cenário do próximo ano. Segundo ele, devido à distância do processo eleitoral – cerca de um ano – o foco do momento deve ser na formação de alianças políticas e construção do projeto político.

“Temos que ter em mente duas situações que se complementam. De um lado a gente já vê a movimentação dos atores políticos, em especial nas grandes cidades (…), em torno de alianças, candidaturas, nomes competitivos, laboratórios. Porém, na cabeça do eleitor comum, ele não está ligado ainda na eleição. Se você fizer o levantamento, você já sabe que vai ter eleição, mas não se sabe ao certo qual caminho exato a ser seguido”, aponta o analista.

Pereira pondera o contraste entre nomes tradicionais da política capixaba, como Luiz Paulo e João Coser, ao lado de candidatos que surfam em ondas eleitorais consideradas recentes, como nos casos de Capitão Assumção e Camila Valadão.

“Me chama atenção na pesquisa os nomes tradicionais ao lado de outros nem tão tradicionais assim, mas que estão ocupando espaço. Por exemplo, temos o João (Coser), nome histórico do PT e do outro lado o Capitão Assunção, que já é uma figura que apareceu nessa nova onda política e se colocou para o eleitorado à direita. (…) Então a pesquisa serve como um mapa, como um guia, quase um GPS para os partidos, mas o caminho é longo. No entanto, vemos uma rota para ser acompanhada. ”

 

 

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