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terça-feira, 23 abril, 2024

PIB cresce 0,2% no segundo trimestre

O PIB chegou a R$ 1,639 trilhão. Mas para o IBGE, ainda não é possível dizer que a economia está em recuperação. “É uma variação positiva. A gente nem chama de crescimento.”

O Produto Interno Bruto -PIB – cresceu 0,2% no segundo trimestre de 2017, em comparação com os três primeiros meses do ano. Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 1,639 trilhão. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (1º).

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 0,3%. Foi a primeira alta após 12 baixas seguidas. A última vez que a taxa ficou positiva nesta base de comparação foi no primeiro trimestre de 2014, quando avançou 3,5%.

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De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque Pali, ainda não é possível dizer que a economia está em recuperação. “É uma variação positiva. A gente nem chama de crescimento”.

Segundo ela, somente quando a alta é superior a 0,5% é que o IBGE aponta crescimento. “Estamos sim em um ciclo ascendente da economia. Mas ainda não dá para chamar de recuperação.”

No acumulado em quatro trimestres, o PIB caiu 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Já no primeiro semestre de 2017, o PIB apresentou variação nula em relação ao primeiro semestre de 2016. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2017 alcançou R$ 1,639 trilhão.

Destaques do PIB

O avanço de 0,6% do setor de serviços, que responde por cerca de 70% do PIB, deu a maior contribuição para o resultado do segundo trimestre. Segundo a coordenadora do IBGE, o comércio cresceu 1,9%,  “beneficiado pelo aumento do consumo das famílias”.

Também se destacaram as atividades imobiliárias e outros serviços (0,8%) e atividade de transporte, armazenagem e correio (0,6%).

O IBGE registrou variação negativa de 2% nos serviços de informação e de 0,3% nas atividades de administração, saúde e educação pública. Já o segmento de intermediação financeira e seguros caiu 0,2%, em relação ao primeiro trimestre de 2017.

Indústria

Após ter conquistado crescimento de 0,9% no primeiro trimestre deste asno, em relação, aos três últimos meses de 2016, a indústria recuou novamente. O setor apresentou retração de 0,5% frente ao primeiro trimestre.

O setor da construção civil, com queda de 2%, foi destaque negativo da indústria. Essa variação negativa impactou sobre os gastos do governo, que também caíram.  O segmento foi quem puxou o resultado da Indústria para baixo. Esse foi o 14º resultado negativo, quando comparado a igual trimestre de 2016. A última vez que a indústria nacional cresceu foi no primeiro trimestre de 2014, de 7,8%.

Agronegócios

PIB cresce 0,2% no segundo trimestreApós três trimestres seguidos de alta, não houve variação na agropecuária neste segundo trimestre. Nos três meses imediatamente anteriores, o setor registrou alta de 11,5%, impulsionando o PIB do período.

Essa diferença nos resultados se deu, segundo o IBGE, porque nos três primeiros meses do ano, a safra foi destinada mais ao estoque que às exportações, elevando o custo. Já no segundo trimestre, teve aumento da exportação, mesmo por falta de local para estocagem.

Consumo

O brasileiro voltou a gastar e o consumo das famílias, após oito trimestres de retração e um de variação nula, subiu 1,4% no segundo trimestre. Ainda que a maioria das pessoas tenham utilizado o FGTS resgatado das contas inativas para pagar dívidas, parte dele foi usado em compras.

PIB cresce 0,2% no segundo trimestre

Segundo a representante do IBGE, o consumo foi beneficiado por uma junção de fatores positivos. Entre eles, crescimento de 2,3% da massa salarial, queda da Selic e inflação mais baixa. Outro fator que impactou no aumento do consumo foi o crescimento nominal de 1,8% do saldo de operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional.

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