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quinta-feira, 2 maio, 2024

Gripe Aviária: Seag reforça orientações aos produtores

O Idaf ampliou as ações de vigilância e fiscalização após três casos de gripe aviária em aves silvestres encontradas no ES

Amanda Amaral

Foram ampliadas as ações de vigilância, fiscalização e de educação sanitária pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), após o registro dos primeiros casos no Brasil de Influenza Aviária de Alta Patogenidade (IAAP) – também conhecida como Gripe Aviária.

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Esta semana, foram divulgados três casos detectados em aves silvestres localizadas no município de Marataízes, Vitória e em Cariacica, todos no Espírito Santo. Na terça-feira (16), foi realizada coletiva da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), que reforçou as orientações aos produtores.

Na ocasião, foi destacado que a confirmação de casos de influenza aviária em aves silvestres não afeta a condição do Brasil como país livre da doença e que não há risco ao consumo de carne e ovos, porque a doença não é transmitida pelo consumo, além disso foi reforçado que o sistema comercial de produção cumpre também rígidos protocolos de biosseguridade.

A Seag também reafirmou que não há qualquer mudança em relação ao abastecimento interno de produtos e não são esperadas mudanças no fluxo de comércio internacional, conforme previsão da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Foi alertado ainda que, apesar de raras, infecções humanas pelo vírus da influenza aviária podem ocorrer por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas) ou ambientes contaminados (secreções respiratórias, sangue, fezes e outros fluidos).

Vigilância e fiscalização

Diante do registro da doença no Espírito Santo, o Idaf ampliou, desde terça-feira (16), as ações de vigilância, fiscalização e de educação sanitária, segundo o órgão, reafirmando o compromisso com a defesa agropecuária do Estado, priorizando principalmente o bem-estar e a saúde da população, associados ao desenvolvimento da agricultura capixaba.

As ações estão sendo desenvolvidas em alinhamento com os demais órgãos do Governo do Estado, como a Secretaria de Meio Ambiente (Seama) e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e com as representações do setor produtivo da avicultura comercial.

Segundo a Seag, haverá também intensificação das ações previstas no Plano Nacional de Vigilância de Influenza Aviária e é importante que a população em geral e os avicultores sigam estas recomendações.

Histórico

Na segunda-feira (15), o Mapa divulgou a primeira detecção no Brasil da IAAP H5N1. Os casos ocorreram em duas aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), que foram encontradas uma em Jardim Camburi, em Vitória, no dia 08 de maio, e outra em Marataízes, no dia 07 de maio.

Ambas foram encaminhadas ao Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), Cariacica, Espírito Santo. Na terça-feira (16), também foi divulgado que um atobá-pardo, que já se encontrava no Ipram, entre os dias 08 e 10 de maio, foi detectado com a doença

Confira as recomendações previstas no Plano Nacional de Vigilância de Influenza Aviária:

Recomendações à população:

Não tocar ou recolher aves suspeitas, doentes ou mortas. Os sintomas mais comuns são: tremor; andar cambaleante; dificuldades respiratórias.

Ao encontrar aves caídas, debilitadas, na dúvida notifique.

Em caso de avistar aves com sintomas, favor notificar ao Idaf no site do órgão.

Recomendações aos produtores:

Intensificar as medidas de biosseguridade.

Proibir terminantemente qualquer tipo de visita às unidades de produção.

Conferir cercamento de núcleo e telamento de galpão.

Manter o portão de acesso da propriedade fechado.

Desinfecção de veículos em pleno funcionamento.

Desinfecção de materiais que acessem a granja.

Uso de roupas e calçados exclusivos no acesso à granja.

Pedilúvio no acesso aos núcleos e aos galpões.

Realização de vazio sanitário.

Cuidados com a ração.

Cuidados com a água (fonte de qualidade, tratamento, reservatórios íntegros e cobertos).

Controle de pragas.

Treinamento de equipe.

Restringir criação de aves pelos funcionários.

Evitar visitas em locais com aves silvestres.

Ausência de outras aves na propriedade.

Se participou de evento relacionado ao setor, cumprir vazio sanitário de 72 horas.

Se participou de outro tipo troca de roupas e cumprir os protocolos de biosseguridade.

Entre outras ações, reforçando todas as medidas adotadas, conforme Instrução Normativa do MAPA nº 56/2007.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).

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