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domingo, 28 abril, 2024

Nova Indústria Brasil terá R$ 300 bilhões até 2026

Presidente da Findes comenta desdobramentos no Espírito Santo da nova política industrial. 

Por Gustavo Costa

Uma política industrial que contará com R$ 300 bilhões para financiamentos nos próximos dois anos, foi lançada pelo Governo Federal, nesta segunda-feira (22), a Nova Indústria Brasil. Esse montante será fundamental para um plano de ações voltadas para a inovação e sustentabilidade até 2033.

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A nova política foi apresentada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em um encontro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) e que contou com a presença do presidente Luís Inácio Lula da Silva.

E no Espírito Santo, como segundo estado mais industrializado do Brasil, com 38,4% de participação do setor, a Nova Indústria já está repercutindo. Para a presidente da Findes, Christine Samorini, a nova política demonstra a importância que uma política industrial pode ter para o nosso Estado, que a partir do plano Nova Indústria Brasil terá mais condições para agregar valor à cadeia produtiva, estimulando a indústria de transformação.

Segundo ela, o Estado terá ainda mais potencial para atrair investimentos, gerar negócios e também desenvolvimento socioeconômico para o Espírito Santo. “O plano Nova Indústria Brasil é uma iniciativa muito positiva e de extrema importância para o país. Esse é um marco para a nossa indústria nacional, que volta ao centro da estratégia de desenvolvimento”, falou.

Entre os segmentos que o plano contempla e que tem grande potencial de contribuir com o desenvolvimento do Espírito Santo estão, de acordo com Samorini, a atualização do parque industrial, a inovação e a tecnologia, a mobilidade verde (mobilidade e logística sustentável de baixo carbono) e a exportação. “Precisamos lembrar que a política industrial precisa ser uma constante e ser pensada a longo prazo. Isso porque o setor industrial carrega investimentos-chave para o desenvolvimento socioeconômico do Estado e do país”, frisou.

No ponto de vista da presidente da Findes, políticas de desenvolvimento industrial só têm sucesso quando construídos de maneira conjunta, com a intensa participação dos setores envolvidos e conectados aos anseios da sociedade.

As missões da Nova Indústria

A Nova Indústria Brasil define metas para cada uma das seis missões que norteiam os esforços até 2033. São elas:

Missão 1 – fortalecimento das cadeias agroindustriais, visando a segurança alimentar e nutricional dos brasileiros.

Missão 2 – voltada para a área da saúde, tem o objetivo de aumentar a participação da produção no País de 42% para 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, entre outros.

Missão 3 – infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para melhoria do bem-estar das pessoas no país. Entre as metas está a de contribuir para reduzir em 20% o tempo de deslocamento das pessoas de casa para o trabalho (hoje este tempo está por volta 4,8 horas semanais no Brasil, e acordo com o IBGE).

Missão 4 – Transformar digitalmente 90% do total das empresas industriais brasileiras (hoje são 23,5% digitalizadas), além de triplicar a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias.

Missão 5 – Com foco na bieconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas, essa missão busca está a ampliação em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes.

Missão 6 – A área da defesa também contará com investimentos, com a premissa de alcançar autonomia na produção de 50% das tecnologias focadas na soberania nacional. Prioridade para o desenvolvimento de energia nuclear, sistemas de comunicação, de propulsão e veículos autônomos.

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