Dados sobre vida e morte dos brasileiros foram divulgados pelo IBGE
O Espírito Santo teve a menor taxa de mortalidade infantil no Brasil em 2018 se comparado aos outros Estados. Foi o que constatou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no estudo “Tábua completa de mortalidade para o Brasil”, divulgado nesta quinta-feira (28). Foram registrados 8,1 óbitos para cada mil nascidos vivos entre os capixabas. A média brasileira ficou em 12,4 e o maior índice foi registrado no Amapá, 22,8 por mil. Veja a tabela completa abaixo.
A mortalidade na infância (de crianças menores de cinco anos de idade) caiu de 14,9 por mil em 2017 para 14,4 por mil em 2018. Das crianças que vieram a falecer antes de completar os 5 anos de idade, 85,5% teriam a chance de morrer no primeiro ano de vida e 14,5% de vir a falecer entre 1 e 4 anos de idade. Em 1940, a chance de morrer entre 1 e 4 anos era de 30,9%, mais que o dobro do que foi observado em 2018.
Entre os países que compõem os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), no período de 2015-2020, a taxa de mortalidade infantil do Brasil se encontrava mais próxima à da China (9,9‰), acima da Rússia (5,8‰) e bem abaixo da Índia e África do Sul (32,0‰ e 27,2‰, respectivamente). Ainda assim, mesmo a taxa mais baixa do país (8,1‰, no Espírito Santo) se encontra distante de taxas de países desenvolvidos como Japão e Finlândia (1,8‰ e 1,7‰, respectivamente, no mesmo período).

Longevidade
O mesmo levantamento mostrou que uma pessoa nascida no Brasil em 2018 tinha expectativa de viver, em média, até os 76,3 anos. Isso representa um aumento de três meses e 4 dias em relação a 2017. A expectativa de vida dos homens aumentou de 72,5 anos em 2017 para 72,8 anos em 2018, enquanto a das mulheres foi de 79,6 para 79,9 anos.
Em termos de longevidade, o Espírito santo novamente se destaca. Uma pessoa idosa que completasse 65 anos em 2018 teria a maior expectativa de vida (20,4 anos) no Estado. Por outro lado, em Rondônia, uma pessoa que completasse 65 anos em 2018 teria expectativa de vida de mais 16,1 anos. Considerando-se a diferença por sexo, a população idosa masculina capixaba viveria mais 18,4 anos e a feminina, 22,2 anos. Entre as menores expectativas, estão os homens idosos do Piauí, com mais 14,7 anos, e as mulheres de Rondônia, com mais 17,3 anos.
O levantamento
Essas e outras informações estão disponíveis na Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil – 2018, que apresenta as expectativas de vida às idades exatas até os 80 anos, e são usadas como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. A presente edição traz comparações com 1940, ano a partir do qual foi verificada uma primeira fase de transição demográfica, caracterizada pelo início da queda nas taxas de mortalidade.