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quinta-feira, 18 abril, 2024

Metalmecânica superou desafios

O setor fecha o ano em cenário positivo, com a ampliação de fábricas já existentes e surgimento de novos negócios

Por Luciene Araújo e Marcelo Rosa

Primeiro, o anúncio do investimento de R$178,2 milhões que irá permitir a modernização e ampliação da capacidade produtiva de motores elétricos e gerar 250 novos empregos na WEG, em Linhares, norte do Espírito Santo; depois, no mesmo município, a inauguração, pela Brametal da ampliação da área fabril.

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Fatores que contribuíram para demonstrar a capacidade de resiliência da metalmecânica no Estado, em 2021. Um ano de ocupação, mas sem grandes lucros financeiros. Esta é a síntese de Luis Soares Cordeiro, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer-ES), para o as empresas do setor no Estado, em 2021.

“Assim como o ano anterior, 2021 foi desafiador para a metalmecânica capixaba. Apesar da contratação de pessoal, as empresas, em muitos casos, não tiveram como repassar ao consumidor a alta de insumos, como do aço, por exemplo, fundamental na produção de carrinhos de mão”, ilustrou o sindicalista.

Luis Soares Cordeiro ressalta que, embora tenha sido marcado por um ambiente de incertezas, o ano foi melhor para os empresários do ramo do que 2020. Ele destaca que um dos maiores desafios foi cumprir os protocolos de segurança sanitária para evitar o agravamento da crise desencadeada pela pandemia do Coronavirus.

Metalmecânica superou desafios
Brametal: linha de produção dedicada a produtos para o mercado de geração de energia solar fotovoltaica. Foto: Divulgação/Reprodução.

“A Findes (Federação das Indústrias do Espírito Santo), teve um papel fundamental nesse processo, inclusive. Só que, as medidas adotadas, não só resultaram em custos adicionais, como geraram atrasos nos cronogramas das empresas.
Tudo isso exigiu muita persistência e perseverança, por parte do setor, mas o esforço valeu a pena”, analisa o presidente do Sindifer-ES.

Quanto às expectativas para 2022, Luis Soares Cordeiro prefere ser otimista. “Apesar de ser um ano eleitoral, da pressão política e da alta na inflação, acredito que haja estabilidade e equilíbrio nas atividades para a retomada da economia”, concluiu.

Importância no mercado

A metalmecânica é estratégica para a economia nacional, já que todas as outras indústrias dependem dela; responde por 50,3% dos empreendimentos e 59,8% dos empregos industriais na região Sudeste.

No Espírito Santo, o segmento é responsável por 17% do Valor da Transformação Industrial (VTI); responde por 16,3% dos empregos na indústria e movimenta mais de R$ 8 bilhões por ano, o que significa cerca de 20% do PIB estadual.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer-ES), Luis Soares Cordeiro, no Estado, são 450 empresas associadas, além de outras cinco mil que cumprem as convenções trabalhistas definidasre pelo Sindifer-ES. Juntas, elas empregam 350 mil trabalhadores.

Metalmecânica superou desafios
Fábrica da WEG em Linhares. Foto: Divulgação/Reprodução.

WEG

A WEG encerrou 2021 com boa notícia. Em novembro, a companhia anunciou novos investimentos para a sua unidade fabril de Linhares, no norte do Espírito Santo. A proposta é destinar, até 2023, R$178,2 milhões que irão permitir a modernização e ampliação da capacidade produtiva de motores elétricos na região; ampliar para 79 mil metros quadrados a área construída no município e contratar 250 novos colaboradores.

O investimento, além de uma importante fonte de vantagem competitiva, vai contribuir para dar continuidade à trajetória de crescimento continuo e sustentável da WEG, na opinião do diretor superintendente de Motores Comerciais e Appliance da WEG, Julio Cesar Ramires.

“O parque fabril de Linhares foi projetado para permitir o aumento gradual e contínuo da capacidade de produção e atender às necessidades de expansão da companhia ao longo de vários anos. Graças ao ambiente favorável para os negócios, criado pelo governo do Espirito Santo, temos conseguido manter a nossa estratégia de crescimento”, elogiou o executivo.

Julio Cesar Ramires foi ao passado para comentar o presente da WEG. “Em 2010, quando iniciamos as operações em Linhares, tínhamos 420 colaboradores que ocupavam 20.000 metros quadrados de área construída. Hoje, temos aproximadamente três mil colaboradores ocupando mais de 65.000 mil metros quadrados. Nossa capacidade de produção diária aumentou 10 vezes nesse período”, comemorou.

Pelas informações da assessoria, a Unidade da WEG em Linhares se tornou o segundo maior parque industrial da companhia no Brasil. Desde agosto de 2009, quando a companhia anunciou a instalação no município capixaba, investiu R$ 257,7 milhões no Espirito Santo.

Brametal

Também em Linhares, norte do Espírito Santo e em novembro de 2021, a Brametal inaugurou a ampliação da área fabril no município. Considerada a maior empresa das Américas para fabricação de estruturas metálicas galvanizadas a fogo para geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e Telecom, com capacidade fabril de 200.000 toneladas/ano, a Brametal, com a obra, quer ir além: aumentar sua capacidade produtiva e se tornar um dos principais players também nos setores de Geração Solar Fotovoltaica e Iluminação Pública.

“Trata-se de um importante marco para a nossa empresa, pois queremos entrar com força nos dois segmentos. Essa ampliação da planta em Linhares, investimento em novos equipamentos e no nosso time, permitirá à Brametal oferecer os melhores produtos para o mercado interno e externo, e com produção nacional. Somos reconhecidos na América Latina como protagonistas no fornecimento de estruturas metálicas para o mercado de energia elétrica e isso nos traz competitividade no desenvolvimento de novos negócios, temos um grande potencial para explorar”, destacou Alexandre Schmidt, Diretor Comercial
e Marketing da empresa.

Metalmecânica superou desafios
Luis Soares Cordeiro, presidente do Sindifer ES. Foto: Divulgação/Reprodução.

Outros investimentos

A Brametal atua no segmento solar desde 2014 e celebrou investimento de R$7 milhões na construção, no complexo de Linhares, de uma linha de produção dedicada a produtos para o mercado de geração de energia solar fotovoltaica, ampliando assim sua capacidade produtiva. Outros R$5 milhões estão previstos para o do setor de engenharia.

Segundo o executivo, o objetivo é reforçar junto ao segmento que a empresa está pronta para atender o mercado solar com produtos de ponta, desenvolvidos com a melhor tecnologia e em território nacional.

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