Previsão de crescimento do PIB para 2023 subiu de 2,31% para 2,56%
Por Anderson Neto
Economistas do mercado financeiro revisaram as expectativas para o crescimento da economia brasileira e da inflação neste ano. Segundo dados do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (4/9), a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 avançou dos 4,90%, observados na semana anterior, para 4,92%.
Enquanto a previsão para a inflação para 2024 subiu de 3,87% para 3,88%, as expectativas para o IPCA de 2025 e 2026 permaneceram em 3,50%.
Já a mediana das projeções para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 avançou de 2,31% para 2,56%, enquanto a projeção para 2024 caiu de 1,33% para 1,32%. A projeção para 2025 continuou em 1,90%, enquanto a de 2026 permaneceu em 2,0%.
Não houve alterações nas projeções para a taxa básica de juros (Selic) nesta semana. A estimativa continuou em 11,75% para o final de 2023, enquanto a projeção para 2024 foi mantida em 9,0% e a de 2025 permaneceu em 8,50%. Já a de 2026 também ficou nos mesmos 8,50%.
Em relação ao câmbio, as apostas para o dólar em 2023 foram mantidas em R$4,98. Para 2024, a projeção foi mantida em R$5 e, para 2025, subiu de R$5,09 para R$5,10. A projeção para 2026 subiu de R$ 5,15 para R$ 5,17.
PIB
Para 2024, a projeção diminuiu ligeiramente, passando de 1,33% para 1,32%. Essas previsões refletem a expectativa de expansão da economia brasileira, fator crucial para os investidores buscarem oportunidades de mercado.
Recentemente, dados do IBGE mostraram que o PIB cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023 em comparação com o trimestre anterior.
Balança comercial
O superávit da balança comercial previsto para 2023 foi ajustado para US$ 72,35 bilhões, em comparação com os US$ 70,90 bilhões da semana anterior.
A previsão para o saldo em conta-corrente manteve-se estável em um déficit de US$ 43 bilhões para 2023, com estimativa de investimento direto de US$ 80 bilhões.
Já para 2024, o cenário é semelhante, com expectativas de déficit de US$ 50,20 bilhões e investimento direto mantendo-se em US$ 80 bilhões.
Déficit primário
A previsão de déficit primário para 2023 permanece em 1% do PIB, com uma projeção de déficit nominal de 7,45% do PIB. Para 2024, as instituições reduziram a previsão de déficit primário para 0,71% do PIB.
A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2023 caiu para 60,45% do PIB, em comparação com a projeção anterior de 60,60%.
Inflação
A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 aumentou de 4,90% para 4,92%, enquanto a meta de inflação para o período é de 3,25%. A projeção de inflação nos preços administrados subiu para 10,02%. Em contrapartida, a expectativa de inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu para -3,56%.
Para 2024, a previsão do IPCA é de 3,88%, com uma projeção de inflação nos preços administrados de 4,28%. A projeção para o IGP-M permaneceu em 4,00%. A taxa de câmbio projetada para 2023 permanece em R$ 4,98 por dólar, enquanto a estimativa para 2024 se mantém em R$ 5 por dólar.
